Desastres naturais deixam mercado de seguros em alerta

Alagamentos, tremores de terra, quedas de árvore e fenômenos que acontecem fora do Brasil despertam o interesse de futuros consumidores de seguro

Neste mês, o mundo parou para acompanhar o temido furacão Irma que atingiu as cidades da Flórida (EUA) e do Caribe (Porto Rico), deixando mais de 100 mortos. Além do Irma, há cerca de três semanas, o vendaval Harvey devastou parte do Texas, também no país norte americano. As perdas seguradas em decorrência desses fenômenos devem atingir o patamar de US$ 75 bilhões.

Esses casos deixam o mercado de seguros em alerta no que diz respeito a desastre natural. No Brasil, sinistros acontecem constantemente por conta de vias alagadas ou quedas de árvores em veículos, causando destruição de alguma parte do automóvel ou até mesmo perda total.

Em entrevista exclusiva para a Revista Seguro Total, o diretor de Personal Lines da Sompo Seguros, Adalber Kupcinska Alencar afirma que já faz parte da cobertura básica da Sompo a assistência para casos de enchentes e inundações. Além de oferecer esses benefícios, a seguradora também presta assistência 24 horas que providencia a remoção do veículo e, dependendo da franquia contratada, a limpeza e higienização das partes afetadas do veículo ficam por conta da companhia.

“Outro fator que está bastante em evidência são as quedas de árvores. O seguro auto da Sompo cobre queda acidental sobre o veículo de qualquer agente externo que não seja parte integrante ou não esteja nele afixado. Vale acrescentar que o seguro também conta com a cobertura contra queda de raios, incêndio ou explosão acidental e suas consequências”, explica Kupcinska.

No entanto, há alguns fatores a serem considerados antes do pagamento do sinistro. Nesse caso, é imprescindível avaliar a conduta do motorista. Se o condutor assume o risco mesmo em via de enchente, a seguradora não tem obrigação de arcar com as partes danificadas do veículo.

“Até a metade da roda, ainda há condições de dirigibilidade. Nada além disso é recomendável, já que o veículo fica sujeito a panes mecânicas”, pondera o executivo. Ele completa. “Caso fique comprovado que o condutor, de alguma forma, contribuiu para submersão do veículo em um caso de enchente, por exemplo, a companhia fica desobrigada a pagar o prejuízo. É o que chamamos de agravamento de risco”.

Seguro residencial

Desastres naturais deixa mercado de seguros em alerta
Desastres naturais deixa mercado de seguros em alerta

O seguro residencial é outra carteira que pode ser afetada com possíveis fenômenos naturais. Seguradoras que oferecem esse tipo de serviço geralmente disponibilizam a cobertura do seguro em caso de vendaval, furacão, ciclone, tornado, granizo e fumaça.

Quando ocorre o sinistro, é necessário comunicar a empresa de seguro sobre o ocorrido, informando hora, data, local e bens que sofreram danos e as possíveis causas. Depois disso, o representante da seguradora irá à residência para confirmar o que foi informado.

Até o momento, a cobertura mais procurada para esse segmento é a de incêndio. Ela é o pré-requisito básico para contratação de todos os planos residenciais.

Redação Revista Seguro Total