Em baixa, saúde suplementar brasileira é caracterizada por perspectivas e mudanças

Especialistas mostram-se otimistas para o setor que vive momentos de crise por motivos, principalmente, macroeconômicos

Com o passar dos anos, a saúde suplementar no Brasil vem enfraquecendo. Os motivos já foram detectados por economistas e profissionais que atuam na área. Entre diversos problemas, os que levam mais destaque são os desperdícios e a crise econômica que o país atravessa.

Nos dias 17 e 18 de agosto, foram realizados o 22° Congresso Abramge e o 13° Congresso Sinog a fim de trazer essa discussão à tona. O evento, que ocorreu no Hotel Renaissance – São Paulo, registrou mais de 500 convidados. Além de reunir economistas e jornalistas, os principais CEOs das maiores operadoras de serviços hospitalares do Brasil também estiveram presentes.

O intuito principal dos palestrantes foi apresentar o atual cenário da saúde suplementar e discutir as perspectivas do setor até 2022. O CEO do Bradesco Saúde, Manoel Peres mostrou-se bastante otimista e ressaltou a importância de promover mudanças para o crescimento voltar, alertando que não há mais margem de aumento de gastos.

“O Brasil é o país que tem mais perspectiva de crescimento na saúde suplementar. Mas, para que isso ocorra, é necessário controlar os desperdícios e a inflação médico-hospitalar”. O executivo completa provocando uma reflexão. “Como reduzir os custos?”.

Segundo levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o setor teve queda de 3 milhões de beneficiários de planos de saúde em apenas três anos. Peres reconhece que a recessão econômica foi o fator primordial para essa considerável queda.

A maior alta de beneficiários em 10 anos foi em 2014 quando o estudo apontou mais de 50 milhões de pessoas que tinham plano de saúde. Após o desemprego crescer, o número de segurados caiu para menos de 48 milhões.

O comentarista econômico da GloboNews, João Borges mencionou as possíveis mudanças de um cenário atual repleto de incertezas. Em sua opinião, a reforma da Previdência, que, segundo ele, é hoje o principal ponto de desequilíbrio da economia brasileira, deve ser aprovada para o crescimento financeiro voltar.

Redação Revista Seguro Total