Em 2018, evasão escolar no Brasil chegou a 11,2% dos alunos do ensino médio

As férias escolares terminaram, e os pais voltam à rotina após passarem o início do ano mais próximos dos filhos. A volta das atividades acadêmicas nesta temporada reforça a preocupação com o futuro das crianças e dos adolescentes, principalmente entre às famílias que têm orçamento curto, mas não abrem mão de investir em uma instituição de ensino de qualidade.

A preocupação não é à toa. Em 2018, segundo o Ministério da Educação, o número de evasão escolar chegou a 11,2% somente no ensino médio. O estudo mostra também que adolescentes entre 15 e 17 anos estão na lista dos que mais deixam à escola. No ensino superior não é muito diferente. Embora a parceria público-privada tenha provocado o aumento de matrículas nas universidades, a permanência dos estudantes nas instituições de ensino ainda é um desafio.

Para Richard Freitas, sócio diretor da protect Soluções, microfranquia de operação home based especializada em soluções de gestão e seguros especiais para empresas, existem motivos pontuais que contribuem para o número de abandono escolar continuar em alta. “Dada à crise econômica, muitos pais foram demitidos de seus empregos e perderam, assim, a capacidade financeira de arcar com os custos mensais das escolas particulares de seus filhos. Outro caso, por exemplo, é o falecimento ou incapacitação física dos pais, levando à retirada dos filhos das instituições privadas”, pontua.

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Apesar de ser um problema mais recorrente em escolas públicas, Richard não acredita na união do Estado com empresas privadas para diminuir as ocorrências nas redes de ensino estadual. “Em todos os ramos securitários, em ressalva o seguro rural, que recebe subsídios do governo, e o seguro DPVAT obrigatório para todos os veículos, este olhar pouco diferente é inexistente”.

Richard Freitas, sócio-diretor da protect
Richard Freitas, sócio-diretor da protect

Conhecendo o seguro

O seguro educacional é responsável em cobrir custos escolares em detrimento de fatores que seriam preponderantes para a desistência do aluno. A cobertura é feita para instituições de ensino fundamental, médio e se estende ao superior, podendo arcar com os compromissos financeiros até o fim do curso.

“A proteção também pode oferecer uma rede de atendimento emergencial próximo à escola ou faculdade, uma garantia de que, no caso de um incidente com seus filhos, estes terão o atendimento médico adequado e até o reembolso de possíveis despesas médicas ou hospitalares”, explica Richard.

A decisão de contratar o seguro educacional parte da escola ou da faculdade. Uma vez que definida a contratação, o benefício entra como custo da instituição de ensino. As escolas perceberam que o seguro educacional pode ser usado como um diferencial na conversa com os pais que ainda estão decidindo onde colocar seu filho.

De acordo com o executivo, o crescimento do setor de seguros como um todo dependerá dos novos rumos da economia. Ele acredita, inclusive, que o país pode ser beneficiado com um governo que busque a diminuição do Estado, de custos e de tributos para empresas. “O seguro educacional, com certeza, se beneficiará desse crescimento econômico. Em 2018, o setor evoluiu e arrecadou cerda de R$ 40 milhões”, pondera.

Vitor Guerra