Mitos e verdades sobre o plano odontológico

Júlio Cesar Felipe, CEO da Caixa Seguradora Odonto, explica as dúvidas mais comuns dos usuários

Na contramão da crise econômica e do setor de planos de saúde, os convênios odontológicos apresentaram crescimento representativo nos últimos anos. Apenas nos 12 meses encerrados em março de 2017 , houve alta de 7,7%, de acordo com dados do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar).

Segundo Júlio Cesar Felipe, CEO da Caixa Seguradora Odonto, essa expansão aconteceu por conta de uma maior conscientização sobre a importância da saúde bucal por parte da população brasileira e  também pelos preços acessíveis, muito mais baixos do que os de saúde.

“Apesar da expansão, ainda existe muito espaço para crescer, pois apenas 11% da população conta com o serviço, aproximadamente. Além disso, também temos o papel de disseminar ainda mais informações sobre a importância de ir ao dentista frequentemente. Muitas pessoas não sabem, mas infecções bucais facilitam a proliferação de bactérias e fungos, que podem atingir a corrente sanguínea e causar problemas sérios à saúde. A saúde bucal vai além da estética”, completa Felipe.

No entanto, o assunto desperta muitos questionamentos nos interessados em adquirir o plano odontológico, principalmente pelo fato de a legislação ser específica e de difícil compreensão. Para esclarecer tais dúvidas tão frequentes, o CEO da Caixa Seguradora Odonto, listou alguns mitos e verdades sobre o serviço. Confira:

Contratar o plano odontológico é sinônimo de economia para o beneficiário

VERDADE. Fazendo um comparativo simples, na cidade de São Paulo (SP), um indivíduo desembolsa cerca de R$250,00 para uma limpeza dental. Considerando que a limpeza é recomendada a cada seis meses, o gasto anual será de R$ 500,00. “O plano Fundamental da Caixa Seguradora Odonto com a cobertura mínima definida pela ANS, prevendo consultas, urgência e emergência, restaurações, limpeza e tratamento de gengiva, custa R$29,90 mensal por pessoa. Em um ano o valor gasto será de R$ 358,80, ou seja, se compararmos com o valor apenas da limpeza será uma economia de R$ 141,20”, pontua Felipe.

Não há carência nos planos odontológicos

DEPENDE. Assim como nos planos de saúde, nos planos odontológicos também existe a carência para alguns procedimentos. A carência é o período em que o usuário não pode usar o plano, mesmo pagando a mensalidade. “Normalmente, para consultas e exames, esse período é igual ou inferior a 30 dias. Para o tratamento de canal, o prazo máximo é de  até 120 dias”. No entanto, existem casos em que não há necessidade de cumprir os prazos citados. Nos planos corporativos para PMEs (pequenas e médias empresas) da Caixa Seguradora, por exemplo, há isenção de carência para todos os procedimentos, exceto contratos com até 29 vidas que terão carência de 180 dias para tratamentos de Especialidade Prótese do Rol ANS (Agência Nacional da Saúde).

O funcionário pode continuar usufruindo do plano odontológico empresarial em caso de demissão

VERDADE. Se houver participação do empregado no pagamento do plano, ocorrendo demissão sem justa causa, e desde que o colaborador arque integralmente com a mensalidade, poderá continuar usufruindo do benefício pelo período igual a um terço de sua permanência. “Por exemplo: se o trabalhador contribuiu por três anos, poderá continuar como beneficiário por mais um ano, sendo-lhe garantido um prazo mínimo de seis e de no máximo 24 meses”, explica o CEO da Caixa Seguradora Odonto.

Há um limite mensal de consultas cobertas e tratamentos realizados

MITO. O beneficiário pode realizar, sem restrições, os tratamentos que possuírem indicação clínica, conforme as condições contratada. “Também não há limite em relação ao número de consultas”, completa.

Planos odontológicos não obrigatoriamente cobrem procedimentos que possuem apenas finalidade estética

VERDADE. Procedimentos com finalidade exclusivamente estética ou voltados ao bem-estar não são obrigatoriamente cobertos. É o caso do implante dentário e da prótese. “No entanto, lançaremos no próximo mês um plano com cobertura de aplicação de toxina botulínica, tanto para procedimentos de tratamento de ATM, quanto para aspectos estéticos”, completa o executivo.

O atendimento oferecido pelo plano odontológico possui déficit de qualidade e é prejudicial para o dentista

MITO. O convênio é um importante aliado na ampliação da carteira de clientes e divulgação do trabalho do dentista. “Fazendo um bom trabalho por meio da utilização de equipamentos de qualidade, ele terá a oportunidade de fidelização, o que é fundamental. É uma ferramenta importante para o profissional desenvolver sua agenda. Além disso, na Caixa Seguradora Odonto, temos diversos requisitos que precisam ser preenchidos para o dentista conseguir se credenciar. São critérios que garantem a excelência do atendimento”, destaca Felipe.

Por fim, ele ressalta que o usuário possui papel preponderante em todo esse processo. “É muito importante que o beneficiário, no caso de impossibilidade de comparecimento na consulta, sempre avise o dentista com antecedência para não prejudicar a agenda do profissional e também nunca aceite pagar procedimentos ‘por fora’ para que eventuais fraudes sejam evitadas“, conclui