Cléscio Galvão analisa medidas contra Covid-19 e impactos econômicos

Advogado demonstrou necessidade de discussões distantes das ideologias

Cléscio Galvão, advogado titular da Cléscio Galvão Advocacia e da Maxfor Assessoria e Serviços Técnicos em Seguros, também participou da maratona de transmissões da Revista Seguro Total entre os dias 06 e 10 de abril. Em sua apresentação, o especialista em suporte ao mercado segurador e investigação de fraudes reitera que é importante fazer leituras e ponderações sobre a evolução da pandemia do novo coronavírus distante das amarras ideológicas.

O advogado Cléscio Galvão / Reprodução
O advogado Cléscio Galvão, advogado titular da Cléscio Galvão Advocacia e da Maxfor Assessoria e Serviços Técnicos em Seguros / Reprodução

“De repente o Brasil se ajoelha diante de um vírus e todas as outras doenças acabaram. Acabou o câncer. Acabou a dengue?”, questionou. “Se analisarmos as estatísticas perceberemos que muito mais pessoas morrem em decorrência da gripe comum do que durante esta pandemia. No mundo também podemos destacar um número alarmante de suicídios”, acrescentou Cléscio Galvão.

O advogado reiterou, ao mesmo tempo, que a Covid-19 trata-se de uma grave questão de saúde pública e que as medidas de prevenção devem ser seguidas. “Estamos seguindo as recomendações para que não haja um pico de contaminação por conta da doença, pois pode haver um colapso no sistema público de saúde. São medidas importantes e fundamentais para evitar um contágio exponencial da população, mas é preciso ponderar os graves reflexos econômicos e como isso também afeta a saúde das pessoas”, complementou.

Galvão ainda lembra que 75% da economia está ligada aos micro e pequenos empresários, que são os maiores geradores de empregos no Brasil. “O microempreendedor não possui garantias e depende de seu giro para sobreviver. Todos estão em casa, mas quais as consequências disso?”, prosseguiu. “Podemos ter um custo social-econômico muito maior”, ponderou.

Para Cléscio Galvão, nas últimas décadas, o Brasil acabou por ser apresentado a lideranças com discursos muito extremados. “O debate democrático foi deixado de lado. Vivemos o nós contra eles. Quem não pensa como eu é louco, é diferente e não presta. Será que é disso que precisamos”, rebateu. “O caminho é pelo centro. É possível conversar com ambos os extremos para se pensar em um projeto de Estado e não de governo. De forma serena, precisamos de uma liderança que consiga conclamar a população às medidas necessárias”, justificou.

Clésio GalvãoSegundo Cléscio Galvão, o Brasil é maravilhoso. “Somos os maiores produtores de minério, proteínas animais e grãos, sem contar nossas riquezas naturais e o povo, que é trabalhador e luta incansavelmente todos os dias para colocar a comida na mesa”, analisou. “O que nós brasileiros, em especial os políticos, convertemos em riqueza para este povo? Nosso modelo está errado. Precisamos de um projeto de Estado e não de governo”, reiterou.

O especialista considera lamentável a ideologização do debate diante da grave situação de pandemia. “Isso vai passar. Tenho em mente que não interessa o tamanho do problema, mas sim as soluções. E soluções existem inúmeras. É preciso paciência, transparência e compromisso com a coisa pública. Devemos respeitar as autoridades constituídas e precisamos das instituições funcionando plenamente”, estimou.

“Se o Congresso, por exemplo, não atende os anseios da sociedade é fruto de nossas escolhas. Foram os eleitores que colocaram seus representantes lá através do voto”, embasou. “Este momento precisa representar um ponto de inflexão para que o Brasil, de fato, dê um salto de crescimento e este momento deve servir para um propósito maior”, acrescentou.

O especialista disse que “Informação é alma de qualquer negócio”. Galvão defendeu que é hora de se pensar no País como um todo. “O povo espera uma solução”, finalizou.

Cléscio Galvão ainda demonstrou preocupação com o possível aumento no número de desempregados. “É preciso manter o básico da economia ativa e concretizar um alinhamento geral das iniciativas. Vemos o importantíssimo trabalho dos caminhoneiros, por exemplo, que garantem o abastecimento da população. É preciso permitir que esses valorosos trabalhadores consigam atender suas necessidades”, complementou.

Confira a edição 208 da Revista Seguro Total:

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