Zico é rosto de campanha sobre proteção veicular, e Fenacor lança nota de repúdio

A Fenacor alerta a sociedade para as possíveis consequências que poderão advir da inexplicável e lamentável decisão do ex-atleta Zico, um ídolo da maior paixão nacional, o futebol, de aceitar ser garoto propaganda de um mercado que atua totalmente à margem da lei, conforme está comprovado por diversas decisões judiciais, ações impetradas pela Advocacia Geral da União (AGU), operações da Polícia Federal e do Ministério Público e inúmeras advertências feitas por órgãos de defesa do consumidor e pela Susep, a quem cabe regular e fiscalizar o mercado legal de seguros.

Ao emprestar a sua imagem de Ídolo para divulgar o segmento de proteção veicular, Zico, que brilhou nos gramados vestindo, inclusive, a camisa da Seleção Brasileira, corre também o sério risco de ver sua excelente reputação ser seriamente afetada.

Afinal, basta uma simples pesquisa nas redes sociais e de sites de defesa do consumidor para verificar o quanto esse segmento já causou de prejuízo ao patrimônio de um número expressivo de brasileiros, que, por absoluto desconhecimento, adquiriram essa suposta “proteção”, que nada protege.

A Fenacor acredita que o cidadão Arthur Antunes Coimbra não deve ter conhecimento do que se trata. Ainda assim, para preservar sua imagem pública, deveria ter adotado uma postura mais cautelosa, procurando mais informações sobre essas associações de proteção veicular.

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Caso o fizesse, certamente jamais teria aceitado associar a sua trajetória de ídolo, amado por milhões de brasileiros, a quem possivelmente já causou e ainda causa tantos dissabores a muitos desses apaixonados fãs.

A Fenacor adverte ainda que esta não é a primeira vez que esse segmento tenta atrair consumidores incautos utilizando o futebol como isca. Desde o início deste ano, tais associações vêm fechando acordos de patrocínios com diversos clubes com imensas torcidas espalhadas por todo o Brasil. A contratação de Zico como garoto propaganda faz parte dessa estratégia de fisgar inocentes.

Recursos não há de faltar. Afinal, esse segmento, ao agir de forma irregular, totalmente ao arrepio do marco regulatório, consegue competir com o mercado legal de seguros, amealhando milhões de reais que não são utilizados para formação de reservas que garantam o pagamento de indenizações ou mesmo, muitas vezes, deixando de pagar impostos, etc.

Por fim, esta Federação lembra que, no início deste ano, como foi amplamente noticiado pela imprensa, o próprio Zico já foi vítima da empresa de investimento JJ Invest, que adotava práticas semelhantes aos das associações de proteção veicular, pois não tinha autorização para funcionar e acabou fechando as portas antes de devolver milhões de reais aos aplicadores. Será que o ídolo não aprendeu a lição?