Seguro agrícola indeniza produtores rurais na Bahia por perdas na soja

Extremo oeste baiano foi a região mais afetada. Seca atingiu 117 mil hectares, prejudicando mais de 400 produtores

As perdas nas lavouras de soja, principalmente, e também nas lavouras de milho safrinha, algodão e café, no centro sul baiano, causadas pela seca severa e prolongada, estão sendo reparadas aos produtores que contrataram o seguro agrícola.

Segundo o GRUPO SEGURADOR BANCO DO BRASIL E MAPFRE, que detém 70% do mercado de seguros rurais do país, mais de 400 produtores foram prejudicados, principalmente as propriedades estabelecidas na região que compreende o extremo oeste baiano (Baianópolis, Barreiras, Correntina, Cotegipe, Formosa do Rio Preto, Jaborandi, Luis Eduardo Magalhães, Riacho das Neves, Santa Rita de Cassia e São Desiderio).

A área indenizada foi de 117 mil hectares. Este é o terceiro ciclo consecutivo de perdas em todo o Estado.

“A seca afetou todas as etapas de desenvolvimento da planta, desde a fase inicial até o enchimento dos grãos, comprometendo todo o processo de produção. Mais de 50% dos produtores que contrataram o seguro agrícola no estado registraram perdas em suas plantações por motivo de seca, muito severa este ano”,  explica Wady Cury, diretor geral de Habitacional e Rural da seguradora.

Aproximadamente R$ 118 milhões foram pagos em indenizações aos produtores em decorrência da forte estiagem. O valor indenizado é o maior já pago pela seguradora em 5 anos de operação.

Seguro Faturamento

O produto BB Seguro Agrícola Faturamento protege a lavoura de adversidades climáticas e assegure renda, mesmo em caso de queda de preços na colheita. É a modalidade mais atrativa ao produtor, pelo fato de proteger a lavoura de adversidades climáticas e assegure renda, mesmo em caso de queda de preços na colheita.

“O grande diferencial da modalidade faturamento é o cálculo de três variáveis: área plantada, produtividade esperada e preço base, o que também garante renda ao produtor rural em caso de sinistros. Por sua vez, o seguro agrícola convencional baseia-se na relação área plantada x custos de produção”, explica Cury.

Mesmo diante do montante elevado de indenizações no ciclo 2015/2016, o preço do seguro não sofreu impacto e a sua comercialização para as culturas afetadas, nas regiões mais agravadas pela seca, continua.

Para a safra 2016/2017 a venda do seguro já começou, e o produtor pode optar pelo nível de cobertura da apólice que varia de 65% a 80% do faturamento esperado.