AIDA realiza evento sobre “Os Riscos cibernéticos e a Responsabilidade Civil”

A vulnerabilidade cibernética de grandes empresas entrou em pauta na manhã do dia 31 de maio, no auditório da SindsegSP, em São Paulo. O evento trouxe palestras voltadas ao mercado segurador incluindo aspectos jurídicos em relação a ataques cibernéticos entre países, fraudes, a função do seguro cibernético, entre outros.  

O diretor sênior da Kroll, Fernando Carbone afirmou que no Brasil, 38% dos perpetradores das fraudes cibernéticas nas grandes empresas são ex-funcionários, por motivos pessoais contra algum outro funcionário ou até mesmo vingança. No mundo, esse número é de apenas 20%. “O crime digital hoje é mais seguro e simples, as pessoas precisam entender que quanto mais rápido o problema com hacker for resolvido na sua máquina, menor será sua exposição e o tempo para a recuperação de dados”, disse.

A advogada Mariana Ortiz, gerente Financial Lines da seguradora Generali, enfatizou em sua palestra que ninguém está seguro no mundo ou livre de ameaças cibernéticas. “Todas as grandes e pequenas empresas precisam de um seguro ciber, ele tem como função: custos de notificação, gerenciamento de crise, perícia forense, custos de perdas de dados e custos de investigações. CEOs de companhias precisam ficar atentos para negligências de segurança nas máquinas de suas empresas”,afirmou a executiva. ”Nós nunca vamos saber até onde um hacker chegou, mas quanto mais cedo o detectarmos será melhor; evita grandes danos”, complementou.

Palestrantes no evento AIDA
Palestrantes no evento AIDA

 

Mariana Ferraz Menescal, advogada, trouxe um pouco de jurisprudência para o evento e destacou que no Brasil e no mundo, é preciso leis mais firmes para crimes virtuais que podem destruir a imagem de uma pessoa. No Brasil, um exemplo a citar é a Lei Carolina Dieckmann,

que prevê pena de três meses a um ano de prisão para a pessoa que divulgar fotos íntimas na internet sem autorização. “Meu maior pedido hoje, é para leis mais duras, as pessoas precisam disso para levar um crime virtual mais a sério e entender que isso não ficará impune”

No Brasil, o seguro cibernético pode deslanchar após o crescente número de ataques como o que atingiu dezenas de países, em maio deste ano. Em 2012, segundo o Fórum Econômico Mundial, os crimes virtuais custaram cerca de US$ 400 bilhões. O segmento está em alta e grandes seguradoras começam a investir nesse tipo de produto.