Mesmo sem alcançar todo seu potencial de crescimento, o setor de seguros mostra um claro afastamento da crise. Os ramos elementares, como automóvel, residencial e empresarial, estão evoluindo a uma taxa de 4 a 5% ao ano, valores influenciados fortemente pela queda de receita do DPVAT ocorrida nesse exercício. De acordo com os números da Carta de Conjuntura do Setor de Seguros, publicação mensal assinada pelo Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP), se retirado o ramo DPVAT da amostra, o número sobe para cerca de 7%.
O presidente do Sindicato, Alexandre Camillo, comenta que o seguro de pessoas cresce a, aproximadamente, 10% ao ano, o mesmo patamar do segmento de saúde. “Ou seja, em 2017, em termos de crescimento, podemos dizer que o setor de seguros vem superando a taxa de inflação quando comparado ao número de 2016″, completa.
O segmento de capitalização foi um fenômeno análogo ao ocorrido em outros ativos populares da economia, como a caderneta de poupança, por exemplo, com mais saques do que depósitos, e uma taxa de crescimento baixa – R$7,9 bilhões – frente aos números de 2016, que acumularam R$ 8,23 bilhões.
Por outro lado, nos últimos anos, o mercado de resseguro teve um comportamento bem mais favorável, com taxas positivas, superando inclusive a inflação, quando se faz uma análise de valores acumulados. Em 2016, as cifras alcançaram R$ 2,1 bilhões, já em 2017, o mercado faturou R$ 2,4 bilhões, 10% a mais do que o ano anterior.
Frente o crescimento geral do setor, de apenas 2% em 2016, a projeção para este ano é de crescimento de mais de 5%. Quando considerado os produtos das operadoras de saúde, a estimativa cresce para 9% nesse ano. Já os produtos VGBL têm alta no segmento, com taxas acima de 20% ao ano.