Após fazer uma pesquisa com operadoras de saúde de autogestão, a UNIDAS constatou um aumento de 29,9% no número de beneficiários com 59 anos ou mais. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que, em 2030, seremos pouco mais de 223 milhões de brasileiros e com estes dados o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) projeta que, mantida a atual taxa de cobertura média dos planos de saúde para o conjunto dos brasileiros, a proporção de beneficiários idosos, na faixa de 59 anos ou mais, saltará de 12,3%, em 2015, para 20,5%, em 2030.
O aumento chama a atenção das operadoras e seguradoras de planos de saúde, principalmente porque esta mudança de perfil pode acarretar aumento de demanda de utilização, na forma de consultas, procedimentos e internações. Considerando este aumento, os fluxos nos canais de atendimento ficarão mais movimentados e as empresas precisarão de sistema de gestão mais assertivo e prático para evitar o aumento dos custos assistenciais, assim como investir em tecnologia para reduzir os custos operacionais.
Aumentar a produtividade e eficiência operacional pode ser a chave para evitar aumento dos custos e também reduzir os riscos associados as notificações da ANS na forma de NIP. Em especial o investimento em tecnologias de CRM pode, além de aumentar a produtividade e garantir o atendimento dentro do prazo determinado pela Agência Nacional de Saúde, ser uma estratégia de gestão de utilização de forma a prevenir o uso desnecessário do plano, por meio de análises e encaminhamento correto. Desta forma, o beneficiário poderá ter uma assistência mais assertiva com menos desperdício em exames e consultas.
Para gestão de custos as operadoras têm investido em duas frentes: investir em rede própria e utilizar a tecnologia da informação. No caso da utilização de ferramentas de tecnologia da informação, em especial em CRM e BI (business intelligence), as operadoras observam além de aumento de produtividade uma melhor gestão das demandas e a garantia que os atendimentos sejam realizados nos prazos preconizados pela ANS. No caso de utilização de CRM é possível ter a visualização do histórico das solicitações do beneficiário de forma a prevenir a utilização indevida ou tomar ações proativas de forma a direcionar o beneficiário para o correto especialista, reduzindo os custos assistenciais, ou seja, o uso do CRM permite redução de custo operacional e o custo assistencial.
Em um mercado altamente regulado pela ANS, onde a sinistralidade chega a 80%, é necessário o investimento em tecnologias que permitam a redução de custo, neste sentido, investimentos na implantação e utilização de CRM pode ser uma estratégia para redução de custos e melhoria de qualidade de atendimento, nas operadoras de planos de assistência médica e assistência odontológica.
Por Claudio Miraldo, consultor Pré-Venda da M2G