Seguro Garantia cresce, porém número de contratos ainda é baixo

Especialistas acreditam que a cultura do setor no Brasil é pouca, mas há perspectivas de crescimento

Responsabilidade Civil e Seguro Garantia foram temas tratados em evento promovido pela Haüptli Advogados e Associados, escritório especializado em Direito Securitário. O seminário ocorreu na manhã desta terça-feira (17) e contou com a presença de advogados que atuam no setor.

Na ocasião, representantes das seguradoras AXA, Argo e Berkley apresentaram o cenário atual de Seguro Garantia e ressaltaram a importância de contratar o Seguro de RC.

O diretor de garantia da AXA Brasil, Rogério dos Santos Gonçalves afirma que o momento macroeconômico afetou o desenvolvimento do setor. Em média, segundo Gonçalves, a carteira cresce 26% ao ano. Já em 2016, o crescimento caiu para 21%.

“Apesar da grande dificuldade que o Brasil está passando, o Seguro Garantia continua crescendo (…), porém esse setor é pouco consumido no Brasil em comparação a outros países”, pondera Gonçalves. De acordo com ele, mais seguradoras estão atuando mais fortemente nesse setor nos últimos anos.

Já voltado a Responsabilidade Civil, o superintendente de Linhas Financeiras e RC da Argo Group Seguros, Luiz Galrão apresentou os riscos mais solicitados atualmente, enfatizando o Seguro Ciber que, após o ataque em âmbito mundial feito por hackers no fim de junho deste ano, foi bastante procurado, assim como é o D&O.

Galrão observa uma oportunidade de negócios na venda do seguro de forma Blend que, na tradução ao português, significa mistura. Para ele, não há problema em misturar os diferentes riscos em um plano de seguro, mas isso ainda é pouco disseminado no país. “Não existe restrição na Susep e há grande demanda de clientes, porém ainda não tem distribuição efetiva”, revela o executivo.

A missão de encerrar o seminário ficou para o presidente da Berkley Seguros, José Marcelino Risden. Ele apresentou os efeitos da crise em relação à queda do número de contratos com Seguro Garantia.

Risden acredita que a diminuição de investimento público, grandes investidoras cujas hoje são impossibilitadas de participar de licitações e a baixa garantia judicial foram fatores preponderantes a fazer a carteira cair na média em relação aos últimos anos.

Redação