Estimativas da CNseg para 2018 apontam que a indústria nacional de seguros vai manter os índices de crescimento observados nos últimos anos
A atuação do leiloeiro carioca Rogério Menezes é um exemplo indiscutível de como esta indústria é promissora. Instalado em sede própria na zona Oeste do Rio de Janeiro, no bairro de Campo Grande, o Leilão Rogério Menezes atingiu status de referência para o setor no país. Determinado a oferecer modernidade, eficiência, rapidez e resultados acima do padrão no Brasil, o leiloeiro, próximo de completar 30 anos de atividade plena, investiu pesado na nova casa. Os números impressionam! O pátio, 100% pavimentado, ocupa uma área de 70 mil metros quadrados, dos quais 10 mil são cobertos. Um sistema de prateleiras triplas garante a acomodação segura e organizada de mais de 12 mil veículos. Treinamento e capacitação constantes dos colaboradores, sistemas modernos de segurança, monitoramento e logística, cuidados com o meio-ambiente e, ainda, um auditório climatizado com capacidade para 1.200 pessoas são diferencias que também chamam a atenção.
“Nos últimos anos o mercado segurador voltou a acreditar no Rio. Antigamente, boa parte dos salvados do nosso estado era levada e leiloada em São Paulo. Entretanto, algumas seguradoras como Porto, Azul, Itaú, Liberty e outras acreditaram no mercado fluminense e no nosso trabalho, que, indiscutivelmente, tem alcançado médias de vendas acima das outras praças”, avalia Rogério Menezes. E, justamente por acreditar no mercado do Rio de Janeiro, o leiloeiro investiu pesado na nova infraestrutura. “Temos trabalhado muito para mostrar a algumas seguradoras que ainda levam seus salvados cariocas para São Paulo, como nosso resultado tem sido acima da média. Isso sem falar na agilidade das indenizações aos segurados, custo de transporte, agilidade na retirada de pertences acessórios pelos segurados etc.”, avalia.
Menezes explica que sua rotina diária é buscar superação, além de trazer novas ferramentas que reforcem a forma de gestão administrativa. “Já passou a época em que o leiloeiro era apenas um ‘batedor de martelo”, recorda. Para ele, hoje, o profissional que não busca aperfeiçoar a prestação de serviço e dispensa investimento em tecnologia e em seus colaboradores, está fadado a parar.
O leiloeiro revela respeito e uma relação de confiança com os arrematantes. E muitos deles frequentam os leilões de RM há mais de vinte anos. São lojistas, revendedores e consumidores finais que buscam preço e qualidade. “Oferecemos segurança, solidez, agilidade e transparência em todo o processo. Praticamos um atendimento diferenciado. Cuidamos da conservação, da integridade e da apresentação do bem leiloado e, ainda, temos atenção especial no pós-leilão. Creio que a soma de tudo isso nos dá credibilidade e nos credencia como referência no setor”, ressalta.
Rogério Menezes possui uma preocupação especial com o meio ambiente. E ele explica: “Preocupava-me muito a questão dos salvados que chegavam vazando combustível e óleo lubrificante. Com a ajuda de um engenheiro ambiental, instalamos um conjunto separador desses resíduos, que são armazenados para posterior coleta e reciclagem por empresa credenciada”. Outro cuidado diz respeito aos focos de mosquitos nos salvados parados por longo tempo. Duas vezes por semana, uma empresa especializada faz inspeção e prevenção.
Já o modelo de gestão adotada pela empresa valoriza os recursos humanos como principal ferramenta. “Em todas as ações você pode perceber a preocupação com a seleção, valorização e desenvolvimento dos nossos profissionais”, diz. Um exemplo é a parceria com a Fundação Getúlio Vargas, voltada ao treinamento e capacitação da equipe. “Somos uma família integrada e afinada com os mesmos objetivos. Buscamos a excelência. E, modéstia à parte, estamos conseguindo”, garante o leiloeiro.
Semanalmente, sempre às quartas-feiras, são disponibilizados cerca de 400 lotes entre carros, caminhões, motos e sucatas. Em média, 88 % desses lotes são arrematados por leilão. Além de automóveis e motocicletas, oriundos de financeiras e seguradoras, o pátio abriga grande variedade de lotes, o que inclui tratores, máquinas agrícolas e de terraplanagem, barcos e lanchas, aeronaves, equipamentos médico-hospitalares, móveis e equipamentos, plotadoras e equipamentos de ginástica, entre outros.
“A cada pregão, recebemos representantes das seguradoras parceiras, que acompanham pessoalmente todo o processo. Isso é muito importante, pois gera confiança, agilidade e praticidade. O mesmo vale em relação aos representantes dos bancos e financeiras parceiros.”, explica.
Segundo o leiloeiro, são poucas as empresas do Rio de Janeiro que encaminham seus veículos para serem leiloados em outros estados, sobretudo em São Paulo. “E o fazem por conservadorismo ou por desconhecer os detalhes envolvidos nesta operação, pois os problemas que ocorriam no Detran do Rio há dez anos não existem mais”.
Atualmente, segundo ele, há uma estreita parceria entre a autarquia fluminense e o Leilão RM, que se traduz em grande agilidade na transferência de propriedade dos veículos. Menezes acrescenta um fato importante neste processo: o custo de transferência do Detran do RJ é mais baixo do que a maioria das demais unidades da federação. “A verdade é que os despachantes de outros estados estão terceirizando as transferências com despachantes do Rio, o que gera custos adicionais para as seguradoras e financeiras”, aponta.
Em sua análise, este é um cenário que vem sofrendo mudanças. “Devido aos nossos resultados, seguradoras e bancos parceiros solicitaram atendimento também na remoção e venda de veículos do Espírito Santo. Mantemos um grande pátio de apoio neste estado, sem qualquer custo adicional para os parceiros. Até o final desse ano vamos inaugurar a mesma estrutura em Minas Gerais”, finaliza Rogério Menezes.