O seguro auto popular vai deslanchar em 2018. A aposta é do presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), João Francisco Borges da Costa, que acredita em retorno positivo das novas regras para o produto, recentemente publicadas pela Susep. “Teremos um aperfeiçoamento dessa modalidade de seguro. E isso vai não só atrair mais seguradoras para atuarem no segmento, como também estimular as que já estão a investir em maior escala”, afirma o executivo.
Na visão dele, com o novo cenário, haverá um crescimento da frota segurada e novos consumidores serão atraídos para a carteira.
João Francisco Borges diz que o modelo anterior era “inviável”, mas as mudanças permitirão ao mercado aumentar a base segurada em todo o país, incluindo veículos mais antigos atualmente desatendidos.
O presidente da FenSeg também projeta um crescimento da carteira tradicional de automóveis. Para João Francisco Borges, esse avanço é provocado por dois fatores. “Aproximadamente 50% desse crescimento estão associados ao aumento de preços de apólices e a outra metade tem relação com expansão da frota de veículos, o que vai pesar muito mais em 2018”, observa.
Ele explica que o ajuste de preços ocorreu em virtude do aumento da violência e da criminalidade, dos furtos e roubos de veículos no Brasil inteiro.
João Francisco ressalta, contudo, que historicamente a criminalidade cai em momentos “mais pujantes” da economia. “Há um componente de recessão e aumento de criminalidade que caminham juntos. Esperamos que, em 2018, com o crescimento da economia, o número de veículos novos venha a puxar o seguro de automóveis”, conclui.