CNSeg apresenta propostas do mercado de seguros para os presidenciáveis

Confederação das Seguradoras (CNseg) preparou um documento que foi entregue aos candidatos à eleição presidencial chamado “Propostas do Setor Segurador Brasileiro aos Presidenciáveis – 2018”. O documento foi tornado público na manhã dessa quarta-feira, dia 3, durante entrevista coletiva na sede da entidade, no Rio de Janeiro.

Participaram da coletiva Márcio Coriolano, presidente da Cnseg, Edson Franco, presidente da FenaPrevi, Solange Beatriz, presidente da FenaSaúde, Carlos Alberto Corrêa, representante de Marcos Renato Coltri, presidente da FenaCap, e Alexandre Leal, diretor técnico da CNSeg.

Um a um, os dirigentes explicaram as propostas apresentadas e reforçaram a importância do mercado de seguros para a economia do país. Márcio Coriolano disse que as políticas macro e microeconômicas não têm privilegiado adequadamente o papel do setor. “O mercado de seguros protege famílias e empresas de riscos e catástrofes, protege patrimônios e responsabilidades, forma pecúlios e rendas, além de promover a saúde e a inserção na proteção de riscos via títulos de capitalização”, descreveu. Coriolano disse ainda que o seguro desonera o estado e é o maior investidor institucional do país.

O dirigente da CNseg lembrou que o setor de seguros dispõe de ativos para garantir os riscos assumidos na ordem de R$ 1,2 trilhão, montante que posiciona o setor de seguros entre os grandes investidores institucionais do país. Por isso, o dirigente defende que o mercado de seguros está pronto para colaborar diante dos grandes desafios que devem surgir no futuro do país.  Solange Beatriz, presidente da FenaSaude, falou sobre os novos produtos que poderão ampliar o acesso aos planos de saúde. Ela defendeu que seja criado um novo marco legal que possa novos produtos e modelos. “Queremos apostar num formato de atenção básica, no gênero médico de família, e assim quebrar o modelo de excessiva especialização, que gera desperdício e ineficiência”, defendeu.

Falando de previdência, Edson Franco, presidente da FenaPrevi, disse que a reforma da previdência é necessária.  “O gasto com a previdência e a projeção do gasto futuro em função da longevidade faz a reforma necessária”, enfatizou. Franco também revelou que está sendo feito um estudo pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP (FIPE-USP) para propor uma mudança para a previdência baseada no projeto atual e outra paralela com base em quatro pilares para aprimorar a aposentadoria oficial: um deles com foco assistencial; outro similar ao INSS e com contribuição; capitalização individual, podendo usar parte dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e, por último, o privado. “Além disso, temos o desafio de ajud ar a desafogar o Sistema Único de Saúde, dando condições aos aposentados para ficar na saúde privada”, comentou.

Falando sobre capitalização, o diretor-Executivo da FenaCap, Carlos Alberto Corrêa, disse que as propostas apresentadas visam a criação de novos produtos de capitalização para promover a elevação aos índices de poupança interna e ampliar os benefícios oferecidos pelos títulos de capitalização. Entre esses produtos, o de filantropia premiada, que permitiria que a pessoa doasse os recursos acumulados no plano de capitalização para alguma entidade beneficente.

Em relação aos seguros inclusivos, voltados à população de mais baixa renda, o diretor Técnico da CNseg, Alexandre Leal defendeu alguns incrementos na regulação da Susep que permitam a comercialização dos produtos relacionados nos mesmos canais utilizados pelo mercado financeiro, além de isenção de IOF e de outros tributos.

A íntegra do documento “Propostas do Setor Segurador Brasileiro aos Presidenciáveis – 2018” pode ser vista em: https://goo.gl/Djfdfz