Presidente da FenaSaúde diz que a Federação tem papel fundamental em disseminar informação aos consumidores

“O desafio da eficiência em saúde, um debate inclusivo” é o tema do 4º Fórum de Saúde Suplementar, organizado pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) que acontece durante dois dias no Rio de Janeiro. O setor de saúde suplementar movimenta R$ 180 bilhões, 2,7% do PIB brasileiro. Em 2017, R$ 150 bi foram destinados para as despesas assistenciais. Inflação médica e envelhecimento da população são apenas alguns dos temas que movimentam o setor em busca de alternativas aos problemas que se apresentam.

Na abertura, a presidente da FenaSaúde, Solange Beatriz Palheiro Mendes, disse que a Federação deve disseminar informação para que os consumidores tomem decisões acertadas. “Um bom debate político deve contemplar os dois lados”.

Marcio Coriolano, presidente da CNseg, exaltou a retomada do Conselho Nacional de Saúde Suplementar (Consu). Segundo ele, é a retomada de uma instância governamental cuja função é integrar políticas públicas, econômica e do consumidor. “Todos que participam da cadeia econômica da saúde suplementar já falaram sobre a sua sustentabilidade econômica e maior participação dos usuários”.

Werson Rêgo, desembargador do Tribunal Regional do Rio de Janeiro e coordenador-geral do Instituto Nêmesis, afirmou que o ponto principal é a necessidade de construir um diálogo sincero para buscar soluções para a saúde, tanto pública quanto suplementar. “O desafio é cuidar de inúmeras necessidades, dos direitos fundamentais, com recursos limitados e finitos, bem administrados e adequadamente investidos, para que todos tenham acesso ao que a Constituição promete”.

O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Leandro Fonseca, ressaltou que é preciso discutir a sustentabilidade do sistema, o financiamento da saúde pública e privada, de forma técnica. “O cuidado em saúde deve trazer valor para as pessoas. Temos que inverter a lógica perversa do pagamento pelo serviço”.

Gilberto Occhi, ministro de Estado da Saúde, lembrou que o Brasil tem o maior programa de imunização do mundo e programas de sucesso, como o de transplantes. “Temos que enfrentar o envelhecimento da população, que terá mais de 41 milhões de brasileiros acima dos 65 anos daqui a 10 anos. Teremos que enfrentar as doenças crônicas, a questão do açúcar, do sódio. O desafio do trânsito, do saneamento, do tabaco, do álcool e as drogas. Temos que melhorar a informação e a informatização da saúde”.

Outra autoridade do governo, foi Torquato Jardim, Ministro de Estado da Justiça que destacou o aumento significativo da quantidade de processos judiciais ligados à saúde, que saltaram 70% de 2016 para 2017, chegando à marca de 1.346.000.