Em 2019, CNseg acredita no crescimento da cultura de seguros no Brasil

Preparar o brasileiro visando inserir a cultura de seguros na sociedade se tornou uma peça importante no crescimento do setor. Mais ainda, as questões macro, como políticas públicas, desenvolvimento econômico e de outros setores de produção estão atreladas à disseminação desse nicho no País. Dada a importância de ambientes externos, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) enviou, na época das eleições presidenciais, 22 propostas benéficas ao mercado de seguros para os candidatos. 

Com a proposta de um Estado menos atuante na economia, o novo governo pode dar mais ênfase para o mercado de seguros. Essa iniciativa deve estimular competitividade entre as companhias, além de incentivar os brasileiros por meio de políticas públicas. “O setor tem um espaço muito grande para ocupar. Serão mais pessoas cobertas e menos interferência do governo da vida da população”, afirma o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, em entrevista coletiva realizada na sede da entidade no Rio de Janeiro. 

Na oportunidade, Coriolano apresentou ao mercado a Nova Conjuntura CNseg. Segundo o executivo, o material tem o objetivo de aproximar a sociedade do mercado de seguros. O conteúdo produzido terá informações relevantes sobre o setor. “Ainda hoje, não produzimos conhecimento o suficiente para levar o seguro às pessoas”, observa Coriolano. 

Além disso, a revista, que terá periodicidade mensal e trimestral, sendo que a primeira aborda temas relevantes do mês em questão enquanto a segunda será uma análise mais profunda do ambiente, fará um estudo de desempenho, apresentando números de produção, de inflação e como isso afeta o setor de seguros. 

Embora a iniciativa tenha a intenção de cada vez mais disseminar a cultura no Brasil, Coriolano reconhece que somente a Nova Conjuntura não basta. O presidente também acredita na importância dos seguros inclusivos. Os produtos mais populares foram um dos tópicos da carta da entidade enviada aos presidenciáveis na época das eleições. A intenção é de emancipar a classe que deseja ter seguro, mas não tem condição. “É imprescindível desenvolver produtos com preço menor para caber na mesa do consumidor”. 

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O teto de reajuste anual realizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promove fortes discussões entre beneficiários, operadoras de saúde e o órgão regulador. O que se debate atualmente, de acordo com Solange Beatriz, presidente da FenaSaúde, é uma nova metodologia de reajuste pautada em recompor custos, reduzindo um percentual de eficiência. “Entretanto, esse procedimento precisa estar bem ajustado e não trazer um reajuste insuficiente para a necessidade do setor”, pondera Solange. 

No início de novembro, a ANS apresentou aos Senado uma nova fórmula de reajustes, que se aprovada levará em conta o índice do valor das despesas assistenciais (IVDA), que é formado por três elementos: variação dos preços da despesa assistencial; variação da Receita Faixa Etária (VFE) e o fator denominado de “ganho de eficiência” (FGE). 

Os reajustes costumam pegar de surpresa o consumidor, afastando-o do seu atual plano de saúde. Isso o obriga a buscar uma operadora alternativa com menos benefícios, mas que caiba no bolso, ou até mesmo abrir mão de ter um plano.

Vitor Guerra