A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) esteve presente no Fórum ICOS: Saúde Digital e Sustentabilidade, nesta quinta-feira, 23 de maio, em São Paulo. Com o tema “A tecnologia como estratégia de transformação”, o fórum faz parte da 26ª Hospitalar, ponto de encontro do mercado nacional e internacional e importante plataforma de negócios, inovações, processos e ideias. O presidente da FenaSaúde, João Alceu Amoroso Lima, participou do painel “A transformação digital como estratégia para a melhoria da produtividade e sustentabilidade do setor” com Claudio Lottemberg, presidente da UHG Brasil e do ICOS; Leandro Fonseca, diretor-presidente da ANS; Nicolas Toth, diretor da Sahrecare na América Latina e Fabricio Campolina, coordenador do grupo de transformação digital da Abimed e diretor sênior Ethicon Brasil da J&J.
Claudio Lottemberg abriu o painel destacando os desafios atuais da sustentabilidade do setor nos próximos anos, como o envelhecimento da população e a apropriação tecnológica. “A telemedicina ganha destaque especial nos debates atuais e a sociedade tem que estar aberta para essas perspectivas que vão ter efeitos importantes. Não participar de maneira ativa desse mundo digital significa negar o encaminhamento para aquilo que possa representar um aprimoramento da prática, uma subtração do desperdício, um aproveitamento melhor das bases de dados e, certamente, colaborar para um sistema de saúde que possa ser mais bem aproveitado e melhor sustentável por parte da sociedade”, afirmou.
O painel abordou como as novas tecnologias estão contribuindo para produtividade, sustentabilidade e melhoria da qualidade da assistência à saúde e como os diversos integrantes da cadeia produtiva de saúde têm aplicado essas tecnologias em benefício da experiência dos pacientes e otimização do desfecho clínico. João Alceu enfatizou que, no contexto da evolução dos custos em Saúde, o que mais preocupa é se a evolução da renda acompanhará as despesas no mesmo ritmo. “A saúde 4.0 muda o eixo da prática médica de uma saúde reativa para uma saúde proativa. A nossa preocupação é a capacidade de pagar pelo custo dessas inovações, saber se a evolução da renda vai acompanhar a evolução dos gastos em saúde. Para controlar essa evolução de custos precisamos de uma mudança cultural e governamental”, destacou.
Já Leandro Fonseca falou sobre como a ANS pode contribuir com um ambiente que seja favorável a essa transformação digital. “O desafio que temos para falar de sustentabilidade do setor é irmos além desse olhar em torno de processos e começarmos a olhar também em termos de resultados em saúde que de fato importam ao paciente. Portanto, o grande salto qualitativo numa visão de futuro é que esse processo de digitalização do setor não se limite apenas aos diversos processos de trabalho, seja das operadoras, seja dos prestadores, mas que também olhe aquilo que todos nós que trabalhamos no setor devemos buscar, que é o resultado final, na ponta”, concluiu.
Durante o Fórum ICOS, foi lançado o livro “Orientações Práticas em Saúde Suplementar – Tudo o que o contratante precisa saber”. A cartilha orienta as empresas a desenvolveram programas de saúde e escolherem operadoras de planos de saúde com melhor custo-benefício para o seu negócio.
Leia também
Jorge Nasser revela projetos na FenaPrevi em almoço do CVG-SP
Por que fazer seguro para uma produção audiovisual?
Presidente da Fenacor é recebido por Paulo Guedes