Tracker-FECAP divulga boletim econômico de dezembro

Analise dos dados da Secretaria de Segurança Pública de SP revela que houve aumento de 54% nos casos de roubo e furto na capital

 

O Estado de São Paulo acumula um total de 31.581 roubos e furtos de motocicletas em um ano, uma média de 2.625 ocorrências por mês. E dezembro é mais perigoso deles. Segundo o Boletim Econômico Tracker-FECAP, em dezembro do ano passado, foram registrados 4.042 eventos, o que representa uma alta de 54% em comparação a média mensal anual. 131 motos em média foram roubadas ou furtadas por dia no Estado.

No comparativo acumulado dos últimos doze meses com o ano anterior, houve uma queda no número de ocorrências de furtos (1,82%) e queda também em roubos 3,02%. Foram 32.395 roubos e furtos em todo o Estado. “Os últimos três meses do ano apresentaram maior volume de boletins. Mas no caso de roubo, especialmente em dezembro, o índice chega a ser o dobro da média mensal e o mês de novembro fica 50% acima. Julho é o que registra menos eventos. Esses números deixam claro que o fator clima favorece a ação dos bandidos. Quanto mais motos na rua, maior a oportunidade para os criminosos”, analisa o coordenador do Núcleo de Pesquisa da FECAP, Erivaldo Costa Vieira.

Fins de semana representam mais perigo

Sábados, domingos e feriados são os dias de maior incidência de roubos, com alta já registrada a partir da sexta-feira. No sábado os números são, em média, 20% maiores que os dias da semana e no domingo o volume de registros fica 30% acima da média. O período da noite é o preferido pelos criminosos (50,1% das ocorrências), seguindo pela madrugada (18,3%).

O coordenador do Centro de Operações do Grupo Tracker, Vitor Correa, explica que no verão muitos delitos ocorrem aos finais de semana. “Boa parte das motos apreendidas pela polícia é destinada para a chamada ‘ostentação’, prática em que os criminosos desfilam com o produto do crime pelas periferias, nos ‘rolezinhos’ e nos bailes funk. Outra parte é direcionada para o desmanche, visando a comercialização no mercado ilegal”.