Chuvas de verão: como prevenir prejuízos financeiros e danos à saúde

Defesa Civil que temporais aumentam propagação de doenças e proliferação do mosquito Aedes Aegypti

Com o aumento da temperatura nos primeiros meses do ano chegam também as chuvas de verão. Para o nível dos reservatórios isso é muito importante – uma vez que diminui problemas relacionados à escassez de água. Segundo a Companhia de Saneamento de Básico de São Paulo (Sabesp), os reservatórios começaram 2020 com uma média de 57%.

Por outro lado emergem problemas como desabamentos, danos a veículos e até mesmo à saúde da população. A Defesa Civil alerta para a previsão de que ainda aconteçam fortes tempestades em diversas regiões do Brasil até o mês de julho.

Com as chuvas, cresce a propagação de doenças como a gripe e a proliferação do mosquito Aedes Aegypti – causador da Dengue, Zika e Chikungunya. Os governos estaduais promovem diversas campanhas para que a população não deixe água parada para evitar novos focos do mosquito.

Para Caio Timbó, diretor financeiro da LTSeg Corretora de Seguros, a falta de consciência da população agrava o problema. “A temporada de chuvas ocorre geralmente nos primeiros meses do ano, onde há precipitação de uma enorme quantidade de água em um curto espaço de tempo. Isso faz com que o sistema de drenagem urbano fique sobrecarregado, e aliado à falta de consciência da população – que joga lixo e obstrui o sistema – tem como consequência os alagamentos e inundações característicos também desta época do ano”, diz Timbó.

Neste momento é que o seguro entra como protagonista – no fomento aos danos causados em casas, estabelecimentos e até à manutenção da saúde. É necessário, no entanto, atentar-se para as coberturas previstas em contrato. Caio Timbó ressalta as diferenças existentes na hora de se precificar um seguro. “A seguradora, com dados históricos, terá uma base atuarial distinta para cada imóvel com diferentes exposições a risco, assim, no caso de uma ocorrência de alagamento ou inundação, o seguro pode ser acionado e o valor do prejuízo indenizado pela apólice”, explica.

As regras para residências e pontos comerciais é a mesma, mas para veículos isso muda. Como o carro se movimenta o seguro cobre caso ele esteja parado e seja surpreendido pela água. No caso de uma ultrapassagem, a seguradora não fará a cobertura por entender que houve um ato negligente por parte do motorista. O executivo conta que no processo de regulação é possível identificar qual foi o caso. “Através da investigação de peças e componentes específicos do veículo, por exemplo, se o veículo estava ligado quando encontrou água, ela será aspirada para o motor causando calço hidráulico, ao ponto que se o veículo estiver desligado, a água entrará no veículo, mas não na câmara de combustão do motor”, avalia Timbó.

Já para os seguros de vida não existem mudanças na precificação do produto por eventos climáticos. Em caso de emergência é recomendado solicitar primeiramente aos órgãos competentes a garantia da integridade física dos moradores. Em caso de desabamentos com danos e demais prejuízos é possível acionar a seguradora.

Confira algumas dicas para minimizar os efeitos de alagamentos e enchentes:

Proteja seus bens

Mantenha o estoque e itens de maior valor agregado em locais mais altos. Quando perceber que o nível de água está subindo ou que há previsão de muita chuva  prepare uma força tarefa para proteger seus bens.

Faça manutenção periódica

Verifique periodicamente os ralos e encanamentos para evitar entupimentos. O entupimento, além de trazer doenças ou insetos indesejáveis, pode impedir o escoamento da água.

Plano emergencial

Pense em um plano emergencial para que os moradores e funcionários saibam as medidas e atitudes a serem tomadas caso ocorra a elevação do nível da água.