Os impactos do coronavírus na previdência privada

Saiba como a pandemia afeta esse segmento e as recomendações da advogada e especialista Ana Rita Petraroli, durante essa fase

Sabemi

De acordo com dados de instituições financeiras, os efeitos do coronavírus já se refletem também na previdência privada. A pandemia afetou fortemente os mercados financeiros em todo o mundo, com quedas acumuladas de mais de 30% nas bolsas de valores globais, e os impactos atingem tanto os investimentos de renda variável como os de renda fixa.

“Em meio a essa crise ocasionada pela disseminação da Covid-19, a redução da taxa Selic para 3,75% ao ano trouxe dúvidas nos investidores. Apesar da grande tensão causada em todos os setores, especialmente na economia, a recomendação é manter a calma e ter prudência nos investimentos. As pessoas estão muito confusas, mas é preciso evitar movimentações bruscas e priorizar a visão no longo prazo”, ressalta a advogada Ana Rita Petraroli, sócia-fundadora do Petraroli Advogados.

Especialista em previdência privada, ela ainda reforça que o momento é de prudência para quem mantém esse tipo de plano. “A insegurança que estamos vivendo, com a queda dos mercados financeiros em todo o mundo, assusta especialmente a população brasileira, que vinha se recuperando aos poucos de uma crise econômica. Mas, o mais importante é manter o foco no planejamento feito para o futuro, pensando na ocasião da aposentadoria.”

Se houver necessidade de corte nas despesas, recomenda-se revisar todas as contas e eleger prioridades. A principal análise a ser feita é com relação ao resgate de valores da previdência privada. Deve-se avaliar se isso é imprescindível para sua subsistência, agora, pois outras medidas podem ser tomadas para reduzir gastos, sem precisar mexer no valor já contribuído.

Uma alternativa é fazer a portabilidade do plano para uma operadora com tarifas melhores. Entretanto, a migração pode ser realizada apenas de uma tabela regressiva para uma progressiva, não o contrário; de um PGBL para outro PGBL; e de um VGBL para outro VGBL. “O contribuinte pode, ainda, reduzir o aporte mensal ou, em casos mais extremos, interromper a contribuição e retomar quando for viável. Isso é melhor do que fazer uma retirada, pois a aplicação continua rendendo”, conclui Ana Rita.