O papel da Unimed de SP no combate à Covid-19

O papel da Unimed de SP no combate à Covid-19

Confira artigo de Omar Abujamra, presidente da Federação das Unimeds do Estado de São Paulo (Fesp)

Um dos setores que mais preocupam o governo em razão da pandemia da Covid-19 é o dos planos de saúde complementar. O setor precisou rapidamente se adequar à nova situação do país, de forma a dar respostas rápidas aos seus clientes, seja na comunicação clara e objetiva, para prevenir a doença, seja no atendimento eficiente, com profissionais qualificados e treinados e leitos suficientes para os doentes, sempre dentro das normas determinadas pela Associação Nacional de Saúde (ANS) e Ministério da Saúde.

A FESP Unimed, que representa as 76 unidades cobrindo a maioria dos municípios de São Paulo e possui mais de 4 milhões de assistidos, agiu rapidamente desde as primeiras informações sobre a disseminação da doença. Neste pouco mais de um mês de isolamento social, a operadora de saúde adotou uma série de providências urgentes e adequou seu atendimento à nova realidade.

Nosso modelo de gestão e governança permitiu uma rápida estruturação do sistema interno da empresa, garantindo a continuidade das operações e o atendimento seguro aos nossos primeiros públicos de relacionamento, em especial aos médicos cooperados, funcionários, parceiros e clientes. A estrutura interna saudável de nossos profissionais, mentalmente e fisicamente, foi essencial visando à disponibilização da nossa estrutura e expertise para outros públicos igualmente carentes de suporte neste momento crítico.

Ao mesmo tempo em que cuidávamos da saúde da gestão, iniciávamos projetos de comunicação, baseada em informações precisas que podiam ser acessadas por qualquer interessado. Como somos uma empresa de médicos, entendemos a responsabilidade de uma comunicação responsável e confiável.

O olhar da gestão das singulares no Estado de São Paulo foi para os 20 mil médicos, 40 hospitais, 38 mil colaboradores, 30 unidades de Atenção Primária à Saúde, quatro Hospitais Dia, 68 de Pronto Atendimento, 38 Centros de Diagnóstico, 31 laboratórios, 33 farmácias e sete óticas. Trata-se de um exército de profissionais que vêm atuando a favor da sociedade.

Passados os primeiros momentos voltados para qualificar nossas operações em um novo modelo, ampliamos e dividimos nossos aprendizados. As singulares iniciaram parcerias com Prefeituras e firmamos apoios estratégicos e operacionais com o Sistema Único de Saúde (SUS) e iniciativas provocadas pela própria sociedade.

Unimeds singulares se mobilizaram para viabilizar a construção de hospitais de campanha, ampliando a infraestrutura disponível na cidade e, ao mesmo tempo, ampliando o alcance do trabalho realizado pelo SUS. Há exemplos em que foram criadas Unidades de Referência do Coronavírus, iniciativas colaborativas entre Unimed local, Santas Casas e Prefeituras. Nesses casos, esse grupo definiu a quantidade de leitos exclusivos para tratamentos, conforme o número de habitantes da região. É um serviço público fundamental, de alcance para todo e qualquer cidadão.

Estamos participando também de um Grupo Empresarial Solidário, criado pelo governo de São Paulo, que reúne empresas, instituições, associações de classe e pessoas físicas, visando ajudar ao combate ao coronavírus. As ajudas já somaram até o momento R$ 367 milhões e não param de crescer. Quase R$ 150 milhões já chegaram ao destino: comunidades pobres e hospitais.

Também investimos fortemente na inovação, no atendimento virtual, seguro e eficiente, e em uma comunicação permanente à população. Além da dedicação dos nossos 38 mil colaboradores no Estado de São Paulo – comportamento fundamental para o bom funcionamento do sistema -, também adotamos o uso da Inteligência Artificial para apoiar a triagem de suspeitas da doença.

Desde 17 de março, foram feitas aproximadamente seis mil triagens, sendo que três mil foram atendidas no formato de teleorientação médica. Destas, somente 129 foram encaminhadas para um pronto-socorro, evidenciando a eficiência do atendimento prévio, o que permitiu um melhor direcionamento das necessidades, otimizando as instalações e demais recursos, evitando deslocamentos desnecessários e o consequente colapso do sistema.

Sabemos que a guerra contra esse novo coronavírus está longe de ser vencida. Não estamos poupando recursos e esforços para continuarmos atuando de forma colaborativa, engajada e responsável no suporte à saúde de toda a sociedade. Estamos inteiramente comprometidos e cientes de que este comportamento é parte fundamental do nosso papel social. Com isso, reafirmamos o compromisso de atuar de forma ética e responsável, sempre orientados à valorização da saúde e da vida de todas as pessoas.

*Omar Abujamra Júnior é presidente da Federação das Unimeds do Estado de São Paulo (Fesp).