Dentre os que mais contrataram o serviço estão os diabéticos, parte do grupo de risco
De acordo com o Ministério da Saúde, o primeiro caso oficial de coronavírus no Brasil foi registrado no dia 26 de fevereiro. No mês seguinte, março, a procura pelos seguros de vida se mostrou significativamente mais alta. A Minuto Seguros, por exemplo, apresentou um crescimento de vendas deste produto em 136%, comparado ao mesmo mês de 2019. A empresa ainda destaca que, entre os motivos da contratação, os clientes citam a covid-19.
A preocupação maior vem do grupo de risco, aqueles que já apresentam outras doenças como hipertensão, problemas cardíacos, respiratórios, diabetes, entre outros. O seguro para diabéticos é um dos que tiveram alta de vendas mais significativas: a WinSocial, startup que tem como foco a oferta de soluções para pessoas com diabetes, verificou que o crescimento para pessoas com diabetes disparou 60% ante fevereiro.
“As pessoas com diabetes já costumam apresentar uma boa disciplina alimentar e de hábitos de exercício físico. Percebemos, também, que elas estão cada vez mais propensas a pensar no seu futuro. Por serem consideradas como grupo de risco para coronavírus, percebemos uma preocupação ainda maior para este planejamento financeiro, o que acarretou neste aumento significativo na demanda”, explica Rafael Rosas, diretor da WinSocial.
A venda para empresas que querem oferecer esse benefício a seus colaboradores também aumentou. Nesse caso, a elevação nas contratações de planos a partir de três pessoas, foi de 250%, comparado a março do ano anterior, de acordo com a Minuto Seguros. Quem ainda pretende contratar seguro de vida deve consultar com o corretor se o plano cobre casos do Covid-19 sem cobrança de carência. O mesmo serve para assistência funeral, que deve abranger toda a preparação para velório, cremação ou enterro de acordo com as recomendações das autoridades de saúde.
Apesar do salto nessa segmentação específica com a chegada do coronavírus, o crescimento da busca por seguros de proteção pessoal já era percebido no Brasil desde o ano passado. A pandemia confirmou e acentuou ainda mais essa tendência de se preparar para momentos de dificuldade.
Segundo dados recentes apontados pela FenaPrevi, em 2018, as contratações de seguros para proteção pessoal, como seguro residencial, seguro de acidentes pessoais, prestamista, entre outras modalidades, arrecadaram R$ 41,4 bilhões, valor 9,4% maior do que os R$ 37,9 bilhões de 2017.