“Novo normal” aumenta a demanda por cursos e treinamentos nas empresas

Empresas apostam em maior capacitação e requalificação de colaboradores em competências e habilidades de enfrentamento da crise

A Eureca, consultoria que conecta e desenvolve jovens com o mercado de trabalho, registrou um aumento da demanda por treinamentos com foco na nova realidade imposta pela pandemia de covid-19. Além de adotar o trabalho remoto para atender as medidas de contenção da transmissão do novo coronavírus implementadas pelas autoridades sanitárias, muitas empresas passaram a exigir de seus colaboradores novas competências e habilidades relacionadas à capacidade de enfrentamento dos impactos da pandemia.

Com isso, assuntos como inteligência emocional, resiliência, autogestão, trabalho remoto, como inovar e fazer mais com menos estão entre as qualificações mais requisitados atualmente pelas áreas de Recursos Humanos das companhias. “As empresas e profissionais que não buscarem esse tipo de capacitação desde já, provavelmente sofrerão no futuro próximo”, comenta Carolina Utimura, Chief Revenue Officer da Eureca.

Desde o início da pandemia, a consultoria vem aplicando treinamentos e cursos online para cerca de 300 profissionais, atuantes nas seguintes empresas:, Citrosuco, Colégio Apogeu,, Fundação Lemann, Livelo, NEC, Nike, Raia Drogasil, Roche Farmacêutica, Sicredi, Sodexo, Too Seguros, Votorantim Energia e Ultrapar.

“As empresas levaram algum tempo para se estabilizar após o choque causado pelo covid-19. Primeiro, cuidaram de assuntos emergenciais como a saúde de seus colaboradores e as condições para se trabalhar em home office ou isolamento social. 50% dos projetos de treinamento que aplicamos nas corporações foram iniciados nos últimos quatro meses.”, conta Carolina Utimura, Chief Revenue Officer da Eureca. Atualmente, a área de cursos e treinamentos em empresas representa cerca de 30% do faturamento da Eureca.

O cenário pós-pandemia também ressalta a discussão sobre diversidade e inclusão nas organizações. A consultoria estima que a lacuna entre o que as faculdades ensinam e o que o mercado de trabalho demanda, conhecido no setor como “skill gap”, tende a aumentar, já que grande parte das instituições de ensino levarão alguns meses ou anos para atualizar seus currículos, que já são bastante defasados. Como consequência, mais jovens, principalmente os estudantes com menor poder aquisitivo, entrarão no mercado de trabalho despreparados, deixando para as organizações a responsabilidade de capacitá-los.