Jornada do Seguro: Desafios e cuidados para retomada das atividades presenciais

Alguns municípios tem flexibilizado as medidas de isolamento social em meio ao pico da pandemia.

No terceiro dia da Jornada do Seguro, a Revista Seguro Total promoveu vários debates, entre eles “Como pensar a retomada das atividades presenciais”, com Dr. Cléscio Galvão, Advogado e pós-graduado em Direito Constitucional e Bernard Biolchini, CEO do Grupo Pentagonal Seguros.

Os convidados falaram sobre as dificuldades enfrentadas no inicio da pandemia, onde muitas empresas adotaram o regime home office. Para Dr. Cléscio Galvão, a tecnologia e o home office vieram para ficar. “As próprias relações comerciais tendem a mudar de nível. Vamos enfrentar a uma nova realidade com o uso da tecnologia”, opina.

Já Bernard Biolchini, não acredita que o home office em 100% dos colaboradores possa dar certo. “Temos muitas camadas de consumo. Tem clientes acostumados com a tecnologia e outros não”, diz. Ele ainda diz que, após o carnaval, que teve o primeiro caso de coronavírus confirmado no Brasil, as empresas ficaram preocupadas tanto com o trabalho quando com a saúde dos colaboradores.

O CEO da Pentagonal ainda diz que, o home office ensinou que as empresas tem um caminho livre para seguir. “Tem algumas vantagens que possa surgir disso tudo. Temos uma balança muito tênue entre a saúde e economia, uma não vale sem a outra, inclusive, uma pode derrubar a outra. Temos que manter um equilíbrio”, diz.

Mudança de Processos

Segundo Dr. Cléscio Galvão, o momento de pandemia foi importante para as empresas poderem ouvir mais para o consumidor e, consequentemente, mudar muitos processos de atendimento. Ele ainda comenta sobre o que chama de protagonismo judicial. “O Supremo Tribunal Federal – STF se mete a legislar. Temos um embate claro de poderes que não é nada salutar para o país”, opina.

Ele ainda diz que é preciso flexibilizar algumas leis para o momento atual. “Vejo alguns municípios aplicando multas para quem não usar máscara. Isso é realmente necessário? Precisamos usar a força do imperativo legal ou devemos partir para a conscientização da sociedade? É um pensamento que a sociedade precisa refletir”, explica o Advogado.

Coberturas para fenômenos naturais

Biolchini ainda comenta sobre os episódios na Região Sul do País, em que um ciclone causou estragos em diversas cidades. “Quando analisamos o fenômeno, do ponto de vista técnico. Tem a cobertura de ciclone que é dentro da cobertura de incêndio. Para ser considerado um ciclone, o Instituto Nacional de Meteorologia, que é o órgão oficial, tem que declarar oficialmente que foi um ciclone. Estando declarado, vamos para o fato gerador coberto na apólice”, explica.