Pandemia agravou a situação e a tecnologia é a grande aliada das seguradoras para coibir o crime
Disseminar as boas práticas do setor de rastreamento de veículo para minimizar a fraude em seguros, que aumentou durante a pandemia. Esse foi o tema da live entre empresas de rastreamento, nesta quarta-feira, dia 07 de outubro, com a participação do diretor de Operações e Tecnologia do Grupo Tracker, Gustavo Klygo.
Dados apurados para o evento revelam que, de cada 100 automóveis segurados, houve suspeita de fraudes em 10, em 2020. Enquanto em 2019 esse índice era a metade, 5. Um dos motivos para a alta é a crise econômica, gerada pela pandemia, indicam os especialistas convidados. Durante os meses da quarentena, houve uma queda substancial nos roubos. Já os furtos se mantiveram estáveis, um indicativo do aumento das fraudes. A crise gerou um número maior dos chamados fraudadores eventuais, que são aqueles que agem diante da dificuldade. Além deles, as seguradoras e as empresas de rastreamento e monitoramento combatem, diariamente, os fraudadores profissionais e os oportunistas.
“Trabalhamos para que o rastreador tenha um efeito preventivo, para atender nossos principais clientes que são as seguradoras. O maior objetivo é que não aconteça sequer o sinistro, porque quando ele ocorre, há um custo, nem que seja administrativo. Então o ideal é evitá-lo”, afirmou Klygo, que complementou: “Agora, se o furto ou roubo do veículo foi um fato, que o bem seja recuperado inteiro. Não adianta recuperar um dia depois e encontrar só a carcaça. Porque o carro será indenizado e a conta ficará para a seguradora”. O índice de recuperação do Grupo Tracker é o maior do mercado, uma vez que a tecnologia utilizada para roubo e furto é a de radiofrequência, que não sofre interferência de sinal.
Gustavo Klygo explicou ainda que as empresas de rastreamento são as grandes aliadas das seguradoras para evitar que a indenização seja paga para os fraudadores. “Nós conseguirmos identificar as fraudes. Temos um banco de dados com todas as informações possíveis daquele veículo equipado com um rastreador Tracker. São ferramentas que mostram cada vez que a bateria é desligada, quando um jammer (dispositivo para cortar o sinal do GPS e GPRS) é acionado ou ainda quando o veículo entra em uma oficina suspeita, por exemplo. O cruzamento desses dados comprova uma irregularidade e evita o pagamento do sinistro”.
O executivo salientou também que o Comando de Operações e Inteligência do Grupo Tracker estuda a particularidade de cada estado, para traçar a melhor estratégia de monitoramento dos veículos. “O Brasil tem vários países dentro de um mesmo. As características de roubo e furto de São Paulo são diferentes das do Rio de Janeiro. E as duas são completamente distintas do Rio Grande do Sul, por exemplo. É um trabalho contínuo em busca dos melhores índices de recuperação”, finalizou Klygo.