SindSeg MG/GO/MT/DF promove debate sobre equilíbrio físico e mental

SindSeg MG/GO/MT/DF promove debate sobre equilíbrio físico e mental

Frederico Porto, psiquiatra e nutrólogo e também professor da Fundação Dom Cabral, falou sobre o impacto da pandemia nas emoções

É certo que as limitações impostas pela Covid-19 mudaram a nossa rotina, exigindo-nos constantes adaptações para superarmos este momento atípico com mais segurança. Mas quais são os impactos da pandemia no nosso corpo, mente e espírito? Com o intuito de responder a essa questão e dar dicas de como aprender novas habilidades neste ‘novo’ normal, o SindSeg MG/GO/MT/DF convidou o psiquiatra e nutrólogo e também professor da Fundação Dom Cabral, Frederico Porto, para debate virtual promovido pela Comissão Técnica de Benefícios da entidade.

Frederico Porto durante transmissão

O bate-papo aconteceu na última quarta-feira (28/10) e foi mediado pela presidente da Comissão, Juliana Queiroz. O presidente do Sindicato, Marco Neves, também prestigiou o encontro, cujo tema foi: “Do medo que paralisa à esperança que faz agir”. “Mais do que nunca, é preciso redobrar os cuidados com o nosso bem-estar físico e mental para que possamos superar esta fase com mais sabedoria e tranquilidade”, disse Neves.

Apesar das dificuldades, Frederico acredita que a pandemia propicia evolução profissional e pessoal. “Toda crise traz grandes oportunidades quando enfrentamos todas as fases trazidas por ela”, disse. Segundo ele, há quatro etapas distintas: choque, negação, raiva e barganha, essa última definida como o momento em que saímos da nossa zona de conforto e adotamos novos comportamentos.

No entanto, qual é a receita para tomarmos boas decisões neste contexto tão incerto e mutável? “Definir metas, manter o pé no chão, – sempre levando em consideração a nossa realidade atual -, e agir para controlar o que pode ser controlado”, elencou.

Dicas para uma rotina melhor

Distúrbios do sono têm sido mais recorrentes durante a pandemia. Uma das causas está ligada à diminuição da atividade física. Isso explica porque, ao final de um dia de trabalho remoto, sentimos esgotamento mental mas não físico. Assim, o recomendado é fazer pequenas pausas para movimentar-se e alongar-se. “Ficar cinco horas sentado é tão maléfico para a saúde quanto fumar 25 cigarros por dia”, comparou Frederico.

O uso abusivo das telas também pode ser prejudicial para o sono em função do excesso de luminosidade e de estímulos. Tanto é que o recomendado é diminuir o grau de luminosidade dos aparelhos eletrônicos e dormir em ambientes escuros. Outra dica é usar a respiração para mudar o humor e transformar emoções negativas em positivas. “É simples, basta atentar-se para que a expiração seja mais longa que a inspiração”, ensinou.

Planejamento e organização também contribuem para uma rotina mais leve. Nesse sentido, ele alertou sobre os danos trazidos ao executarmos múltiplas tarefas simultaneamente durante a jornada de trabalho. “O cérebro precisa de um tempo até retomar uma determinada atividade. Por isso, sempre que possível, reserve horários específicos para tratar dos diferentes assuntos. Isso trará mais produtividade e o deixará menos cansado”, finalizou.