Pesquisa mostra que saúde mental piorou para 53% da população

Pesquisa mostra que saúde mental piorou para 53% da população

Brasil é o 5º país, entre 30, onde entrevistados mais sentiram declínio no bem-estar mental e emocional

Além de um comprometimento grave na saúde física, a pandemia do novo coronavírus, que irrompeu há pouco mais de um ano no Brasil, tem causado estragos no bem-estar emocional de milhões de brasileiros. O estudo One Year of Covid-19, realizado pela Ipsos para o Fórum Econômico Mundial com 30 países, apontou que 53% das pessoas entrevistadas no Brasil acreditam que sua saúde mental mudou para pior desde o início da crise de Covid-19. O número de respondentes que afirma ter tido uma melhoria na saúde mental é de 14%, e 34% não notaram qualquer diferença neste quesito.

Os índices brasileiros colocam a nação em quinto lugar, de 30, entre as que mais têm sentido as consequências da pandemia em seu bem-estar emocional. Os três países onde os entrevistados mais pioraram em decorrência da situação sanitária global foram Turquia (61%), Hungria (56%) e Chile (56%). Por outro lado, o novo coronavírus teve impacto menor na saúde mental dos chineses (20%), indianos (27%) e australianos (32%).

Considerando as respostas de todos os entrevistados da pesquisa global, 45% declararam que a saúde mental piorou desde o início da pandemia, 16% acham que melhorou e 39% creem que continua igual.

Ano novo, velhos problemas

A chegada de um novo ano pouco abrandou a opinião brasileira de que seu bem-estar emocional está em xeque. No país, um terço dos respondentes afirma que sua saúde mental piorou desde o início de 2021. Enquanto isso, 47% declaram que não há diferença e 20% acreditam que tenha melhorado. O Brasil é a 7ª nação, entre 30, cujos entrevistados mais notaram declínio na saúde mental desde o começo do ano.

Na média global, 27% acreditam que sua saúde mental tenha piorado desde o início de 2021, 51% acham que está igual e 23% dizem que houve uma melhoria. A pesquisa on-line foi realizada com 21.011 entrevistados – sendo mil brasileiros –, com idades entre 16 e 74 anos, em 30 países. Os dados foram colhidos de 19 de fevereiro a 5 de março de 2021 e a margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.