Resultado operacional das seguradoras chama atenção, revela BI.nsurance

Resultado operacional das seguradoras chama atenção, revela BI.nsurance

Crescimento em prêmios emitidos em 15% segue registrando seguidas altas

Sabemi

Assim como no primeiro trimestre deste ano, o resultado operacional da indústria de seguros em abril demonstra queda, só que desta vez mais acentuada. É o que releva o mais novo relatório da BI.nsurance – empresa especializada em inteligência de mercado e soluções analíticas para a indústria de seguros.

Apesar do crescimento em prêmios emitidos (mais de 15%) – que segue registrando seguidas altas – o segundo trimestre deste ano começou com a tendência de manutenção no aumento gradativo do custo de aquisição, que é o investimento médio em esforços para conquistar um novo cliente, assim como aumento significativo em sinistralidade.

“Essa queda no resultado operacional demonstra que as seguradoras, em sua grande maioria, estão perdendo dinheiro em seu negócio primário, ou seja, sem considerar ganhos de investimentos financeiros. O mercado vem buscando novas formas de atendimento, de melhorar a experiência do cliente, e com isso os custos tendem a aumentar”, disse Luís Henrique Forster, CEO da BI.nsurance.

O executivo lembrou que as despesas administrativas – “que tem sofrido para apresentar queda” – e o grande número de profissionais procurando recolocação neste momento de pandemia, “uma dinâmica que deve continuar durante este ano”, são pontos que merecem atenção.

Outro detalhe é que o custo de aquisição no mercado se manteve estável na comparação com o mesmo período dos dois últimos anos, diferentemente do que ocorreu na maioria dos países, em que este número sofreu quedas drásticas.

Mesmo ressaltando que seria importante uma análise mais detalhada para entender melhor o custo de aquisição por ramo, Luís Henrique fez um alerta. “Ainda que consigam recuperar uma parte com seus investimentos, é necessário revisitar outras variáveis como sinistralidade, redução em despesas administrativas via tecnologia, assim como outros pilares da nossa indústria, sob risco de terminarmos com menos seguradoras no mercado e com isso uma redução na competitividade para o próprio cliente”, concluiu.