De acordo com a Susep, o aumento nacional na contratação, de 2019 para 2020, foi de 9,41% na modalidade
Com as pessoas passando mais tempo em casa em função da pandemia, o mercado segurador notou um aumento na procura pelo seguro residencial. “Em algumas regiões do Brasil, em 2020, tivemos aumentos de mais de 100% na busca por seguros (cotação), mas obviamente que isso não reflete em emissão de apólice. O aumento no prêmio deve-se a dois fatores: crescimento orgânico esperado e a pandemia, já que o uso da residência foi intensificado”, destacou o Vice Presidente do Sindicato das Seguradoras do RS (SINDSEGRS), Rubens Oliboni. De acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), de janeiro a dezembro de 2019 a arrecadação da modalidade foi de R$ 327.774.656, contra R$ 358.626.110 em 2020, um aumento de 9,41%. Com isso, o Rio Grande do Sul é o estado com maior índice de penetração do seguro residencial, com 34,7% das residências protegidas.
As pessoas passaram a utilizar suas residências não somente como local de descanso, mas também como escritório e escola. As pessoas passaram a observar mais as fragilidades das residências, pois o uso demasiado de energia e água, problemas começam a ficar mais evidente, seja, por um vazamento, curto circuito, rachaduras, etc. Isso resultou no aumento dos sinistros. De janeiro a abril de 2020, foram pagos R$ 9.138.475 em sinistros residenciais. Em igual período de 2021, retornaram R$ 11.211.74 para os segurados. “Sobre o aumento do sinistro, tivemos um ano atípico em 2020, que aliás está perdurando em 2021, ou seja, temos uma frequência maior dos sinistros estruturais (incêndio). Em relação aos danos elétricos, o maior ofensor são as variações de tensão devido a queda de energia. O que ficou mais evidente na pandemia foi a frequência de eventos severos de incêndio”, afirmou o diretor. Os sinistros mais frequentes são de Danos Elétricos, Vendaval, Roubo e Incêndio nesta sequência. Em relação aos danos elétricos, as variações de tensão devido a queda de energia é a causa maior dos sinistros.
Também houve aumento na procura por coberturas voltadas ao trabalho remoto, bem como, em função do desemprego, as coberturas comerciais, como por exemplo a Microempreendedor em Residência. “Houve percepção de necessidades/riscos anteriormente não percebidas”, conclui Oliboni.