‘Vacinas, mamógrafo e desodorante não causam câncer de mama’, afirma o médico
O médico Gilberto Amorim é enfático ao alertar: “As vacinas não causam câncer de mama. Todos devem se vacinar! E a vacina também não interfere no resultado da mamografia. Quem está com o exame atrasado, não deve esperar mais para fazer a mamografia.” O oncologista da Oncologia D’Or, alertou as mulheres, para evitarem mitos completamente infundados. Entre eles, o de que a radiação da mamografia poderia causar câncer de mama; e de que desodorantes também desencadeariam o processo.
“O câncer de mama existe desde que o mundo é mundo. Existem registros de câncer de mama em papiros do Egito Antigo, quando não existia nem desodorante, nem mamografia. Não há qualquer evidência de que desodorantes, sejam antiperspirante ou antitranspirante, causem câncer”, afirma Amorim. Ele acrescenta que “na mamografia, a carga de radiação aplicada é quase como um raio-X: muito baixa”.
Amorim participou da live gratuita exibida nesta quarta-feira, (13/10), produzida pela D’Or Consultoria, empresa do Grupo Rede D’Or São Luiz, neste Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama. Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Amorim tirou dúvidas no chat ao vivo e explicou sobre tipos de tumores, como diagnosticá-los, tratamento e a importância de uma vida saudável para a prevenção da doença.
“Por causa da pandemia, vimos uma redução muito grande dos exames de rotina. Na rede pública, o número de mamografias caiu mais de 50%. Na saúde privada e complementar, também houve queda”, observa o médico. “E não dá para esperar a pandemia acabar para voltar a fazer os exames preventivos”, ressalta ele.
Apesar de o Ministério da Saúde recomendar a mamografia após os 50 anos, e a cada dois anos, Amorim orienta que seja feita a partir de 40 anos, e todos os anos. “Não sou só eu quem faz essa recomendação, mas também as sociedades brasileiras de Mastologia, Oncologia e Ginecologia”, observa ele. “No Brasil, a média de diagnósticos de câncer de mama é aos 52 anos, por conta da nossa população mais jovem. Dez anos mais cedo do que na Europa e nos EUA, com sociedades mais idosas, onde a média ocorre aos 62 anos. Então, não posso esperar, no nosso país, as mulheres chegarem aos 50 anos para pedir exames”, complementa o médico.
Amorim destaca que a telemedicina foi um importante aliado durante todo este tempo de distanciamento social, e que a inovação “veio para ficar”. “Dá para atender muitas pessoas que moram longe dos consultórios por meio da consulta remota – melhorou a logística e aproximou a relação médico-paciente. Mas é importante ressaltar que esse tipo de consulta não substitui o exame clínico, nem uma consulta presencial”, pondera o oncologista.
O médico destacou ainda que “é perfeitamente possível fazer a mamografia com prótese de silicone no seio”, tema que é grande dúvida entre as mulheres. “O mais importante é procurar uma clínica com bom equipamento – o mamógrafo – e um profissional que saiba fazer o exame de maneira mais adequada, com a correta manipulação e colocação da mama no aparelho”, conclui Amorim.
Maratonista abre o jogo sobre a doença
A próxima live será em 20/10, às 17h30, com a escritora e influenciadora digital Debora Aquino para contar um pouco da sua jornada pessoal na luta contra o câncer de mama. Debora era conhecida por seu perfil nas redes sociais, o Blog da Debs, sobre vida saudável, quando foi diagnosticada com a doença, aos 39 anos.
Maratonista, ela passou a postar sobre o tratamento, a alimentação e, inclusive, os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia, com o intuito de inspirar outras mulheres que estavam na mesma situação a encarar a doença de uma forma mais leve. Sua história virou livro – Num piscar de olhos. O bate-papo terá a duração de uma hora e ficará disponível para quem quiser assistir posteriormente.
As lives fazem parte das ações da companhia para o Outubro Rosa. Acesse o link e acompanhe, reveja e assista.