Crioablação se mostra mais eficaz e é incorporado pela ANS

Crioablação se mostra mais eficaz e é incorporado pela ANS

Estudo recentes testaram a terapia como primeira opção de tratamento, comprovando a eficácia

A Fibrilação Atrial (FA) é a alteração do ritmo cardíaco mais frequente e sua presença está associada a um aumento do risco de AVCi (acidente vascular cerebral isquêmico) e a piora da função cardíaca. Estudos recentes, Stop AF First, dos EUA, e o EARLY-AF, do Canadá, ambos de 2020, testaram a terapia de Crioablação como primeira opção de tratamento e comprovaram que a técnica foi superior ao tratamento medicamentoso.

A técnica realizada com balão simplificou o procedimento permitindo que centros com menor experiência apresentem resultados semelhantes aos centros de maior volume. Por ser uma técnica eficaz e com menor curva de aprendizado, a intervenção cirúrgica é muito mais rápida. Isso faz com que ela possa ser implementada por centros de saúde de menor porte, podendo atingir o máximo possível da população e regiões mais carentes.

Segundo a Dra. Silvia Boghossian, eletrofisiológista e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a Crioablação tem menor curva de aprendizado. A ablação da FA vem sendo realizada com duas formas de energia térmica: Radiofrequência (calor) e Crioenergia (frio).Um estudo da “Fire and Ice” publicado, em 2016, comparou as duas tecnologias, no tratamento da Fibrilação Atrial paroxística. O resultado foi eficácia semelhantes em centros de grande experiência. Em um segundo estudo os autores relatam uma redução na hospitalização e na necessidade de reintervenção.

“É uma tecnologia democrática, que pode aproximar a população distante dos grandes centros de saúde de um procedimento de alta performance. Já tivemos uma vitória com a incorporação da tecnologia na ANS (Agência de Saúde Suplementar) que levou a técnica para os planos de saúde”, complementa a médica.