Antes da pandemia, o número de desligamentos causados pela morte do funcionário flutuava entre 4 e 5 mil ao mês
Os dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), mantido pelo Ministério do Trabalho e Previdência para controle das obrigações de empresas e empregados com vínculo celetista, é uma fonte de dados importantes sobre essa que é a mais significativa parcela do mercado de trabalho formal, segundo levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras – CNseg. Uma das informações presentes no CAGED é o motivo para demissão/desligamento de um funcionário. Entre essas razões, é possível distinguir o número de desligamentos pelo óbito do funcionário, dado que se vê abaixo:
Antes da pandemia, o número de desligamentos causados pela morte do funcionário flutuava entre 4 e 5 mil ao mês. No entanto, já em abril de 2020, logo no início da pandemia, esse número subiu para 6,5 mil. Houve alguma redução com o arrefecimento da primeira onda da Covid-19, mas a severidade da segunda onda, no início deste ano, fica clara no enorme salto que os desligamentos mensais por óbito informados no CAGED, chegando a um máximo de 12 mil óbitos em abril. Como se trata de empregados celetistas, muitos deles poderiam ter seguros de Vida contratados por suas empresas, como benefício para o empregado. Portanto, poderia se esperar um aumento nos sinistros dos seguros de Vida coletivos no mesmo período. É exatamente o que se verifica, como mostra o gráfico abaixo:
A correlação entre as duas séries é muito alta: os sinistros, que flutuavam entre R$ 400 e R$ 800 milhões ao mês antes da pandemia, saltaram para cerca de R$ 900 milhões na primeira onda. Na segunda onda, evidencia-se um salto como o registrado nas mortes, e, em abril deste ano, ultrapassaram R$ 1,5 bilhão, com um máximo de R$ 1,7 bilhão em maio. Desde então, os sinistros para o produto vêm caindo, ainda que não tenham voltado aos patamares anteriores.
Com o arrefecimento da pandemia, conquistada com a ampla vacinação, o número de mortes recuou fortemente, voltando quase aos patamares anteriores, com 5,4 mil mortes em setembro. Esses números são um prognóstico positivo tanto do ponto de vista da saúde pública quanto da ocorrência de sinistros para os seguros Vida.