Confira o artigo escrito por Marília Gersely, Head de Planejamento e Criação da MCM Brand Experience
Nos últimos anos, foram necessárias muitas mudanças. Assim como dizem os grandes poetas, as mudanças vêm de dentro, principalmente na maneira de pensar, falar, agir e, até mesmo, consumir. De fato, as incertezas influenciaram as tomadas de decisões, gerando uma transformação significativa na forma como nos relacionamos com nossos princípios e ideias, fazendo com que um novo perfil de relação entre consumidor e marca fosse criado.
O consumo consciente vem ganhando espaço. Muito em função da necessidade, se destaca uma mudança de comportamento baseada na consciência financeira e comportamental, além daquela que vem há um tempo sendo a prioridade de um consumo correto: a consciência ambiental.
A tecnologia também se mostrou como um trunfo quando falamos em tendências de consumo. A inovação tecnológica se tornou fundamental a partir de uma impossibilidade de ir até o local e, por vezes, se aliou à praticidade de não precisar sair de casa para vivenciar uma experiência aproximada a do presencial. Dessa forma, as marcas tiveram que correr com a digitalização, oferecendo não somente a possibilidade de compra, mas a união com um consumo mais consciente.
Segundo uma pesquisa realizada pela ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), o e-commerce no Brasil cresceu 56,8% no faturamento nos cinco primeiros meses de 2020, comparado com 2019 no mesmo período. Além disso, 70% dos brasileiros aumentaram seus gastos com compras online durante a pandemia, segundo a pesquisa “O comportamento e a relação de consumo online do brasileiro durante a pandemia”, realizada em junho de 2021, pela consultoria MOB INC.
Essa nova mudança comportamental fica clara ao traçarmos o novo perfil do consumidor. O forte aumento das compras online faz com que as marcas tenham que se expor muito mais, pois esse novo consumidor exige não mais apenas a qualidade final do produto, mas também o compromisso da empresa com princípios mais sustentáveis, inclusivos e igualitários.
Por outro lado, as empresas precisam se enquadrar nessa nova forma de consumo. Será preciso entender de fato quem é o consumidor e trazer as melhores soluções para que ele possa aplicar em sua vida. Assim como a necessidade de proporcionar experiências diferentes, pois cada indivíduo possui a necessidade de uma experiência personalizada, cabe ao mercado estar atento para atender a todo tipo de situação.
No meu ponto de vista, a expectativa é que o mercado absorva todo e qualquer tipo de facilitador. As barreiras de consumo devem ficar cada vez menores e as inovações tecnológicas e experiências digitais estão aí para revolucionar a maneira como consumimos. O Metaverso, por exemplo, chegou para instigar essa reflexão. Até onde vai essa mudança comportamental? Até onde irá essa nova maneira de se relacionar? Ainda não sabemos e isso é assunto para outra hora.