Análise do IESS aponta que maior volume de beneficiários está inserido em planos coletivos empresariais
O número de beneficiários inseridos em planos médico-hospitalares, em fevereiro de 2022, ultrapassou a marca de 49 milhões em todo o País. Comparado com o mesmo mês do ano anterior, quando havia 47,5 milhões, o volume representa um acréscimo de 1,4 milhão de vínculos, alta de 3,1% no período de 12 meses. Os dados constam na Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 68, desenvolvida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
O estudo mostra que o tipo de contratação que mais cresceu no período é o coletivo empresarial, que teve acréscimo de 1,5 milhão de vínculos – eram 32,2 milhões de beneficiários, em fevereiro de 2021, e saltou para 33,8 milhões em fevereiro deste ano, uma alta de 4,8%. A modalidade em questão representa a maioria do total de beneficiários (69%).
O saldo de vínculos em planos coletivos empresariais tende a acompanhar o número de trabalhadores formais com base nos dados do Caged. Entre fevereiro de 2020 e 2021, o estoque de empregos formais foi de 38,6 milhões para 41,2 milhões, respectivamente, um saldo de 2,6 milhões (crescimento e 6,7%). O número de beneficiários nesse tipo de plano, no entanto, foi de 32,3 milhões para 33,8 milhões (crescimento de 4,8%) no período.
Em números absolutos, o maior crescimento em novas adesões a planos médico-hospitalares no País, ocorreu no estado de São Paulo, que teve um acréscimo de 472 mil beneficiários no período de 12 meses analisados pela NAB. Eram 17,2 milhões de vínculos, em fevereiro de 2021, e passou para 17,7, em fevereiro deste ano.
Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, o estoque acumulado de empregos formais, que registrou crescimento em todos os setores, justifica o aumento de adesões em planos coletivos empresariais, especialmente no Estado de São Paulo. “Enquanto houver saldo positivo de empregos formais, a tendência será de crescimento em número de beneficiários nesse tipo de plano. Observamos também que apesar de registro de queda no saldo de empregos em faixas etárias mais avançadas, houve aumento no número beneficiários, o que demostra o grau de preocupação com a saúde”, observou.