O Brasil é um dos países com maior número de vítimas de golpes virtuais

Saiba como se configuram e o que fazer para evitá-los

Um relatório anual feito por uma plataforma de e-commerce apontou que, no ano de 2021, 5 milhões de pessoas fizeram sua primeira compra pela internet. Como forma de pagamento majoritária estava o cartão de crédito, seguido pelo Pix.

Porém, o que parece positivo à primeira vista esconde um prato cheio para pessoas mal-intencionadas. Essa avalanche de novos consumidores, devido ao boom do e-commerce, abre uma grande brecha para que crimes virtuais sejam praticados, ao se aproveitarem da falta de informação desses novos compradores para direcioná-los por lojas falsas ou enganá-los com falsas promoções.

Por isso, seguir alguns procedimentos e estar atento ao que se faz na internet pode ser crucial para manter a segurança dos dados pessoais e da conta bancária.

As fraudes virtuais existem há tempos. Mas as facilidades digitais de hoje em dia, aliadas ao uso maciço de informações pessoais, criaram um ambiente propício para a proliferação dos crimes.

 

Roubo de informações confidenciais

Técnicas como phishing, ainda vigoram e representam quase 20% dos golpes praticados no Brasil, elevando o país para a ingrata posição de líder mundial em vítimas. O levantamento foi feito pela Kaspersky, empresas de segurança da informação, tendo como base o ano de 2020.

A técnica do phishing consiste basicamente em um criminoso se passando por uma loja ou instituição financeira e solicitando informações sigilosas, seja por meio de um link malicioso, que direciona a vítima para um site falso, onde os dados serão inseridos e roubados, ou por meio de mensagens de falsas promoções ou conquista de prêmios, que também levarão a vítima a inserir dados para resgatá-los, por exemplo.

O importante aqui é se certificar que o site para o qual está sendo direcionado é confiável e se usa o protocolo HTTPS. Se desconfiar de algo, saia da página.

 

Cuidados básicos para evitar golpes

Evite utilizar Wi-Fi público, capriche nas senhas e mantenha seus aparelhos e softwares atualizados. Essas também são recomendações de especialistas para evitar que seu sistema fique exposto a falhas de segurança ou que você seja direcionado para páginas que visem roubar seus dados. Evite usar a mesma senha para tudo, bem como deixar senhas salvas em apps. De preferência, coloque mais fatores de autenticação em aplicativos de conversa.

 

Atenção ao contato com estranhos nas redes sociais

Outro golpe que tem sido muito aplicado é o do falso romance. A busca por encontros pela internet é algo muito comum. No entanto, golpistas têm se aproveitado da confiança e do sentimento das pessoas para pedir dinheiro.

Geralmente com histórias mal contadas, pedem ajuda financeira para pagar contas, entre outras coisas. E dado o apego emocional que podem causar, acabam conseguindo muito do que pedem.

A tática é quase sempre a mesma. Os golpistas nunca estão indisponíveis para encontros em pessoa ou outras formas de provarem quem são, como chamadas de vídeo, por exemplo, por isso, desconfie. Em alguns casos basta uma busca reversa da foto de perfil da pessoa para descobrir que se trata de um perfil falso e desmascará-la.

Nem empresas estão livres dos golpes

Até mesmo lojas e empresas onlines atualmente investem em segurança contra supostos clientes mal intencionados. Além da checagem de dados, como consultar o score pelo CPF do cliente, para que a loja se certifique de que é um bom pagante, outras formas de proteção entraram em alta durante a pandemia.

A busca por sistemas antifraude, por exemplo, atingiu seu maior pico em mais de um ano, em julho de 2020, de acordo com dados da ferramenta Ahrefs, que monitora o comportamento de usuários na internet. Nesse mesmo período da pandemia, a pesquisa por como “criar loja online” também atingiu seu maior número, demonstrando a preocupação dos novos empresários virtuais com a segurança de seus negócios.