Executivos de finanças estão menos pessimistas com o futuro da economia, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (Ibef-SP) e pela Saint Paul Escola de Negócios. O levantamento, referente ao segundo trimestre de 2022, indica que o Índice de Confiança do CFO (iCFO) subiu de 131,6 para 135,6, uma variação de quatro pontos na comparação com o primeiro trimestre deste ano.Apesar da redução do pessimismo nesse recorte, a pontuação é inferior à registrada no segundo trimestre do ano passado, quando o índice chegou a 144,1 pontos.
As principais preocupações indicadas pelos executivos na sondagem foram a demanda do mercado interno, a retenção de talentos, que saltou do sétimo para o segundo lugar no ranking, o custo de insumos, inflação e competitividade, além da atuação da concorrência.Já em relação aos investimentos previstos para os próximos 12 meses, destacam-se os aportes no setor de Tecnologia da Informação, a ampliação da capacidade instalada e pesquisa e desenvolvimento.
A pesquisa do segundo trimestre também apontou que os executivos de finanças preveem aumento da inflação em relação aos primeiros meses do ano, com o IPCA subindo 1 ponto percentual, de 8,3% para 9,3%, a Selic aumentando de 12,3% para 13% e o dólar com valor de 5,82, ante 5,32 no primeiro trimestre. Por outro lado, há uma perspectiva otimista em relação ao PIB, com previsão de 1,8% de alta, enquanto nos primeiros meses do ano o indicativo era de um crescimento na ordem de 1,5%.
O Índice de Confiança do CFO (iCFO) é dividido em três itens. O iCFOm, que mede a confiança em relação à macroeconomia, foi o componente que mais subiu: de 122,5 pontos para 130,2, na comparação com o primeiro trimestre do ano. Os resultados do iCFOs, que se refere ao setor, e do iCFOe, referente às empresas, alcançaram 139,1 e 137,6 pontos, respectivamente.