Pequenas centrais hidrelétricas garantem proteção ambiental

As Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) e as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH) – empreendimentos que variam entre 0,01 e 30 megawatts (MW) de potência instalada – têm contribuído efetivamente para o aumento das áreas de preservação no Brasil e também para conter a crise hídrica. O Brasil possui ao todo 1.150 empreendimentos construídos entre PCHs e CGHs. Em cada uma destas áreas, cerca de 70% do perímetro é formado por Áreas de Preservação Permanente (APP), sem contar com a área do lago da usina.

Além de atuarem na manutenção das APPs, também é exigido que os proprietários realizem o plantio de duas vezes mais espécies nativas para compensar o que foi suprimido com a construção da pequena usina. Estes plantios ajudam a ampliar o volume de áreas verdes em diferentes municípios do país.Um bom exemplo está na PCH Bedim, inaugurada há dois anos e construída no rio Santana, entre os municípios de Francisco Beltrão e Renascença, região sudoeste do Paraná. O empreendimento, que possui 96 hectares, conta com 80 hectares de APP, o equivalente a 80 campos de futebol.

Ao todo, foram investidos R$ 30 milhões na construção do empreendimento que levou cerca de 5 anos para ser licenciado. Durante a obra foram gerados 800 empregos diretos e indiretos. Além da PCH Bedim, Evandro também tem a PCH Salto Bandeirantes (4,2 MW), PCH Vila Galupo (5,67 MW) CGH Vila Nova (1,2 MW) e encontra-se em construção a PCH Cavernoso IV (6 MW), todas em municípios do Paraná. Cada MW gerado é capaz de alimentar em torno de mil residências.

No Centro-Oeste, no estado do Mato Grosso, o Grupo Interalli possui três PCHs, Salto Vermelho I, com 57,16% da área formada por APP; PCH Recanto, que totaliza 63,99% em áreas de preservação e a PCH Santana I, que mantém 65,21% da área total formada por áreas de preservação.

O diretor do grupo, Fabrício Slaviero Fumagalli, explica que o grupo tem atuado no sentido de investir em energia limpa e sustentável. “As PCHs representam desenvolvimento econômico e cuidado com o meio ambiente”, explica. Um dos sócios do grupo na área de energia, Plauto Neto, reforça que além da área preservada, o grupo deverá plantar mais de 80 mil mudas para recuperação ambiental no entorno das pequenas usinas.