Brasil é o segundo país que mais sofre ataques cibernéticos na América Latina

A Fortinet, líder global em soluções amplas, integradas e automatizadas de segurança cibernética, divulgou os dados coletados no primeiro semestre de 2022 pelo seu laboratório de inteligência de ameaças, o FortiGuardLabs. O Brasil sofreu 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos de janeiro a junho deste ano – um aumento de 94% com relação ao mesmo período do ano passado (com 16,2 bilhões) – sendo o segundo país mais visado da América Latina, atrás de México, com 85 bilhões, e seguido por Colômbia (com 6,3 bilhões) e Peru (com 5,2 bilhões). No total, a região da América Latina e Caribe sofreu 137 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos.

Além dos números extremamente altos, os dados revelam um aumento na utilização de estratégias mais sofisticadas e direcionadas, como o ransomware. Durante os primeiros seis meses de 2022, foram detectadas aproximadamente 384 mil tentativas de distribuição de ransomware em âmbito global. Dessas, 52 mil foram destinadas à América Latina. O México foi o país com a maior atividade de distribuição de ransomware no período, com mais de 18 mil detecções, seguido pela Colômbia (17 mil) e Costa Rica (14 mil). Peru, Argentina e Brasil aparecem em seguida.

Além disso, de acordo com o FortiGuardLabs, o número de assinaturas de ransomware quase dobrou em seis meses. No primeiro semestre de 2022 foram encontradas 10.666 assinaturas de ransomware na América Latina, sendo que no último semestre de 2021 foram vistas apenas 5.400.

“Ataques de ransomware estão afetando empresas de todos os setores, governos e até economias inteiras, com novas variantes surgindo constantemente das mãos de diversos grupos internacionais de cibercriminosos. Isso se deve à rentabilidade e à atenção que esse tipo de ataque traz aos criminosos, tornando-os mais perigosos e causando grandes prejuízos financeiros e de imagens às suas vítimas”, diz Alexandre Bonatti, diretor de Engenharia da Fortinet Brasil. (Foto: iStock)