Capitalização chega a R$ 21 bilhões em receita até setembro

O segmento de títulos de Capitalização vive um bom momento. A começar pelo resultado em 2022. De janeiro a setembro foram registradas receitas de R$ 21 bilhões, o que representou crescimento de 17% em relação a igual período de 2021. As reservas são as maiores da história: R$ 35,8 bilhões, alta de 8,4%. Elas ajudam para a poupança interna e os investimentos econômicos e sociais.

Para a Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), o resultado é uma consolidação das ações implementadas nos últimos anos. O setor diversificou produtos, canais, meios de pagamento, condições de preço, prazo, volumes e valores de sorteios. Para Denis Morais, presidente da FenaCap, motivos não faltam para projetar uma agenda positiva para o ano de 2023. “A capitalização traz consigo toda a versatilidade de suas seis modalidades, que lhe conferem alta capacidade de se acoplar a produtos de outros mercados para propiciar aprimoramento da experiência do cliente. Esse tem sido um diferencial estratégico.

Por regiões, o Norte apresentou maior crescimento (27,9%), seguido do Nordeste (25,8%), Centro-Oeste (21,9%), Sul (16,5%) e Sudeste (14,2%). Outro ponto importante foi o aumento nos recursos pagos em sorteios e resgates, um relevante incremento e injeção de recursos à economia, cujo montante superou R$ 16,4 bilhões, o maior já registrado na capitalização.

Os títulos tradicionais continuam liderando as vendas, com 74% da receita, seguidos pela modalidade de Filantropia Premiável (11%), Instrumento de Garantia (11%), Incentivo (3%). Popular e Compra Programada somam 1%.  Nos títulos de Filantropia Premiável, o consumidor cede o direito de resgate de sua reserva para uma instituição previamente credenciada pelas empresas de Capitalização, permanecendo com o direito de concorrer a prêmios. De janeiro a setembro, esses produtos contribuíram com um apoio recorde de mais de R$ 1,1 bilhão às entidades que realizam ações voltadas ao trabalho social. A Capitalização figura entre os setores que mais direciona recursos às causas sociais.

Como principal mercado da América Latina, o setor de capitalização brasileiro tem se reinventado ao longo dos últimos 93 anos atuando na educação financeira com o componente lúdico dos sorteios. Isso fez o setor liderar um processo de crescimento de dois dígitos ao longo de 2022.

“Este ano, pela primeira vez, a FenaCap integrou a comitiva liderada pela CNseg do encontro da Conferência Hemisférica da Federação Interamericana de Seguros, em Santiago. É importante destacar o papel que a CNseg tem exercido na difusão do mercado segurador. E o fato de o Brasil sediar o FIDES em 2023 comprova isso, criando outro momento importante na troca de informações e consolidação do papel do país e de suas empresas no cenário internacional”, acrescenta Denis Morais.