As companhias de seguro terão que pagar até R$ 5 bilhões de reais aos fornecedores das lojas Americanas, caso a varejista não cumpra os contratos com os fabricantes. O valor é considerado inédito pelas próprias seguradoras, que reavaliam a capacidade de cobrir as apólices.
As lojas Americanas seguem funcionando com base no plano de recuperação judicial apresentado após o rombo estimado de R$ 43 bilhões, porém, diante das inconsistências contábeis, fontes do mercado falam em até R$ 50 bilhões. Além dos empregados, que veem riscos de demissão em massa, os fornecedores da rede varejista estão com o pé atrás e acionando as seguradoras.
Se a seguradora quitar a apólice de um fornecedor de geladeiras, por exemplo – que não recebeu o pagamento – a companhia de seguros passa a ser credora da loja.
Essa recuperação poderá ter contornos ainda mais dramáticos, caso a Justiça considere, ao final das investigações, que houve ilegalidades.O fundo verde Asset, do bilionário americano Warren Buffet – que investiu na varejista – disse em nota ser uma “vítima de fraude”, e pede punições.
A lei brasileira permite que, além das empresas, os dirigentes e executivos também respondam, individualmente, por erros de gestão, desvios de conduta, e fraudes financeiras.