Catástrofes naturais foram responsáveis por mais de US$ 313 bilhões em perdas em 2022

De acordo com a versão de 2023 do relatório Weather, Climate and Catastrophe Insight, elaborado pela gestora de riscos corporativos Aon, em 2022, os desastres naturais foram responsáveis por uma perda econômica de 313 bilhões de dólares em todo o mundo. Este valor é 4% maior que a média do século 21 e reforça a necessidade de que empresas e governos estejam cada vez mais atentos a estes riscos. Este movimento já vem acontecendo, mas ainda há espaço para crescer, visto que pouco mais de 42% do volume de perdas (132 bilhões de dólares) já apresenta algum tipo de ação para mitigação ou cobertura dos riscos. No Brasil, secas e enchentes ocasionaram prejuízos superiores a US$ 5 bilhões.

 

O valor é 4% maior do que a média do século 21 e, segundo a gestora, reforça a necessidade de que empresas e governos estejam cada vez mais atentos a estes riscos. Este movimento já vem acontecendo, mas ainda há espaço para crescer, pois apenas 42% do volume de perdas já apresenta algum tipo de ação para mitigação ou cobertura dos riscos, diz a empresa.

 

Enquanto grande parte do Brasil continuou a enfrentar condições de seca no início do ano, vários eventos notáveis de inundação impactaram o país. Em particular, nos estados de Pernambuco e Alagoas, que sofreram inundações em maio e julho, enquanto o Rio de Janeiro no mês de fevereiro, com mais de 200 vítimas. No Brasil as secas e enchentes foram as principais causas de perdas financeiras. De acordo com o relatório, as secas ocasionaram perdas de 4,2 bilhões de dólares, enquanto as enchentes foram responsáveis por perdas de cerca de 1,3 bilhão de dólares.

 

Durante o carnaval de 2023, o Brasil teve o maior acumulado de chuva registrado, de 682 milímetros (mm), e a tempestade que caiu no litoral norte de SP deixou 59 mortos e mais de 4 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas. Em 2022, as cidades fluminenses de Paraty e Petrópolis, o sul da Bahia, diversas cidades de Minas Gerais e a grande Recife foram impactadas por eventos climáticos extremos que causaram enchentes e deslizamentos de terra e, por consequência, mortes.

 

Em 2023, será preciso avançar com algumas das metas de curto prazo: remover mais de 5 mil unidades residenciais em área de risco inaceitável, regularizar mais de 17 mil casas, orientar projetos-piloto de adaptação para áreas de maior risco, conectar os programas de arborização urbana e de recuperação de manguezais (importantes “amortecedores” de tempestades e ressacas) e definir quantos corredores da Rede Verde-Azul vão cortar a cidade (corredores que permitem a passagem de água, ampliam área verde e aumentam a biodiversidade local).