Presidente da Unimed destaca desafios e visão de futuro na 52ª Convenção Nacional Unimed

Luiz Paulo Tostes Coimbra também observou que operadoras precisam se posicionar quando discordarem de decisões regulatórias na incorporação de novas tecnologias

 

Em palestra sobre “Desafios e visão de futuro da operação nacional do Sistema Unimed”, na 52ª Convenção Nacional Unimed, que reúne mais de 1.200 participantes em Brasília, o presidente da Unimed Nacional, Luiz Paulo Tostes Coimbra, expôs um histórico recente da cooperativa, bem como comentou sobre perspectivas e oportunidades que o mercado de saúde suplementar oferece. Hoje, observou Coimbra, a Unimed Nacional é a maior provedora de clientes para todo o Sistema Unimed.

 

Ainda que o setor enfrente momentos adversos, Coimbra ressaltou que o trabalho da Unimed Nacional na implementação de iniciativas de gestão, como readequação da rede prestadora e análise de contratos empresariais para qualificar e preservar a sustentabilidade das carteiras, têm trazido bons resultados.

 

Nos últimos meses, 84 mil vidas de empresas regressaram para a UN ou estão em negociação para sair da concorrência e serem atendidas pelas sócias, fomentando o Intercâmbio, forma como é chamado o atendimento realizado pela rede das demais Unimeds, espalhadas por todo o Brasil. Além de 64 contratos nacionais que foram fechados em 2023, somando mais de 92 mil vidas para o Sistema Unimed. “Estamos trabalhando para equilibrar as relações, reduzir glosas, aumentar a qualidade assistencial e beneficiar todo o Sistema Unimed, além de investir em parcerias que gerem mais oportunidades para nossas cooperativas”, afirmou.

 

Na manhã desta quinta-feira (05) o presidente da Unimed Nacional ainda moderou a mesa “Gestão de risco e impactos da incorporação de tecnologias na saúde”, que teve a participação da superintendente de Economia em Saúde do Hospital Albert Einstein, Vanessa Teich, e do gerente executivo de Provimento em Saúde da Unimed do Brasil, Gines Martines. Coimbra ponderou que a incorporação de tecnologia é fundamental para o setor de saúde, mas precisa ser feita dentro de critérios que priorizem o paciente. “Ela precisa ser feita mediante metodologia adequada de avaliação, baseada em evidência e colocando o paciente no centro do cuidado”, afirmou.

 

Para ele, é fundamental que as operadoras de saúde se posicionem, ainda que os órgãos reguladores determinem as incorporações, quando não estiverem de acordo, ou quando não houver embasamento científico. “Precisamos buscar interlocução, ainda, com a indústria para dividir riscos e estarmos inseridos nas decisões”, concluiu Coimbra.