Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia apresentou avanços para a saúde feminina

Organon lança dispositivo para controle da hemorragia pós-parto e destaca a importância do implante de etonogestrel

 

A preocupação e o interesse pela saúde feminina atingiram seu ápice durante a realização do 61º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia, realizado no Riocentro, Rio de Janeiro. A farmacêutica Organon, especialista em saúde feminina, aproveitou a oportunidade para lançar no Brasil o Sistema Jada®, um dispositivo destinado a auxiliar no controle da hemorragia pós-parto. Paralelamente, a empresa destacou a importância do implante de etonogestrel como um método contraceptivo de longa duração, seguro e eficaz para a prevenção da gravidez. Os Simpósios, conduzidos nos dois primeiros dias do evento, 15 e 16 de novembro, atraíram a atenção de 400 médicos em cada painel. A Organon também concedeu treinamentos de inserção e remoção do implante e de uso do Sistema Jada®. E, para completar as atividades de educação médica, uma arena científica para debater a contracepção em pacientes submetidas a cirurgia bariátrica encerrou as atividades do dia 16.

Reforçando a mensagem que nenhuma mãe entra num centro obstétrico para não sair com vida, a diretora de Saúde Feminina da Organon Brasil, Andrea Ciolette Baes, estava satisfeita com o interesse que o Sistema Jada® despertou nos profissionais de saúde presentes no Congresso. “Havia muitos médicos interessados em saber como eles podem atuar dentro dessa condição que acontece no momento do parto. É muito triste ver toda aquela felicidade com o bebezinho recém-nascido e a mãe com grandes possibilidades de perder a vida. Há muitos anos não havia uma tecnologia nova para esse tipo de ocorrência. De uma forma muito única e inovadora, o Sistema Jada® atua para conter a hemorragia pós-parto (HPP) possibilitando que essa mãe saia junto com esse filho do centro obstétrico”, afirma.

 

Simpósios

Com o tema “Sistema Jada®: um novo aliado para o controle da hemorragia pós-parto”, o primeiro Simpósio foi comandando pelos obstetras Samira Haddad, membro da Comissão Nacional Especializada de Urgências Obstétricas da Febrasgo, e Anderson Borovac, coordenador da equipe de ginecologia e obstetricia do Hospital Madre Theodora. Durante uma hora, eles falaram dos desafios do diagnóstico e manejo da HPP, apresentaram dados sobre mortalidade materna no Brasil e no mundo associadas à HPP, fatores de risco para doença, os tratamentos disponíveis e, porque ainda é preciso falar de hemorragia pós-parto e, por fim, apresentaram o Sistema Jada®, a usabilidade do dispositivo, e estudos sobre sua efetividade e segurança.

“Apresentei diversas formas de tratamentos e a gente ainda falha, pois a HPP é a maior causa de mortalidade materna do mundo”, afirmou Anderson. “Esse dispositivo vem com a promessa de conseguir mudar a realidade atual, que é a de um óbito a cada quatro minutos no mundo”, enfatizou Samira.

Além do painel, a todo momento, médicos paravam no stand da Organon para conhecer o dispositivo, tirar suas dúvidas, e ver a demonstração de como é a atuação dele no corpo da mulher. O Sistema Jada® é um dispositivo intrauterino que induz a contração do útero por meio da criação de vácuo, levando, assim, ao controle do sangramento uterino anormal pós-parto ou da hemorragia uterina pós-parto causados por atonia uterina. Isso quando o tratamento medicamentoso não está sendo suficiente para o controle do sangramento e busca-se evitar medidas cirúrgicas mais agressivas, como a remoção do útero.

 

Na manhã seguinte, a Organon apresentou um simpósio sobre ‘’Implante de etonogestrel: da escolha do método ao manejo do sangramento’’, ministrado pelas ginecologistas Carolina Sales, chefe do departamento de obstetrícia e ginecologia da Faculdade de Medicina USP-Ribeirão Preto, e Mariane Nadai, docente no curso de Medicina da USP Bauru. Durante a palestra, foi possível acompanhar estudos de caso e debater sobre os melhores métodos contraceptivos para cada paciente. A plateia, composta por cerca de 400 participantes, também contribuiu com perguntas, uma delas, sobre o uso do implante de etonogestrel para homens trans. ‘’O implante é interessante para homens trans que usam testosterona, pois não contém estrogênio, é fácil de aplicar e é discreto. Portanto, acho uma grande vantagem, claro, se esse homem se sentir à vontade com o método’’, pontuou Carolina Sales.

A última atividade, uma arena científica organizada pela Organon ficou a cargo de Jan Panwel, professor de Ginecologia e Obstetrícia na Universidade Federal do Paraná, Universidade Positivo, Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e PUC-PR, vice-presidente da Região Sul da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia e Conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM/PR). O tema foi ‘’Contracepção em pacientes pós cirurgia bariátrica’’. Segundo o médico, 63% das mulheres brasileiras apresentam sobrepeso e 30% apresentam obesidade em algum dos níveis. Ele apontou a importância dos LARCs para contracepção das pacientes bariátricas, que podem sofrer interferência na absorção de métodos orais e devem, de preferência, aguardar de 12 a 18 meses após a cirurgia bariátrica para engravidar.

 

Treinamentos

Não menos concorrido foi o treinamento de inserção e remoção do Implante de etonogestrel, que ocorreu na quarta-feira.  Com capacidade para 40 médicos, os profissionais assistiram a palestra do ginecologista e obstetra Edson Ferreira, membro da Comissão de Anticoncepção da Febrasgo, e tiveram uma aula prática, onde puderam experimentar como é aplicar o implante de etonogestrel em um braço de modelo anatômico.

“Estou feliz porque as nossas mensagens estão tendo muita aderência. A sala estava lotada e tinha fila de espera. Muita gente perguntou como fazer para ter acesso ao implante de etonogestrel para comprar e prescrever. Um sucesso”, conta Raffaella Picciotti, diretora associada de Marketing da Organon.

Já na quinta-feira, cerca de 30 médicos participaram de uma sessão de treinamento sobre diagnóstico da hemorragia pós-parto e seu tratamento com uso do Sistema Jada®, ministrado por Tiago Almeida, diretor associado de Assuntos Médicos da Organon; Gilberto Nagahama, coordenador da Casa da Gestante de Alto Risco do Hospital Maternidade Escola Vila Nova Cachoeirinha e Rodolfo Pacagnella, professor do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Na ocasião, foi possível acompanhar estudos de caso do Sistema Jada®, e praticar o manuseio do Sistema em útero de modelo anatômico.