Catálise lança seu primeiro FIDC tokenizado de R$ 100 milhões e inova no mercado

Fundo inédito une a experiência da maior gestora independente de FIDC’s do Sul do Brasil e a inovação da fintech pioneira em ativos digitais, ampliando o acesso ao mercado de capitais

A Catálise, maior gestora independente de FIDC’s do Sul do Brasil, e a AmFi, fintech referência no mercado de capitais regulados e tokenizados, lançaram um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) de R$ 100 milhões. Esse é o primeiro fundo nessa categoria da Catálise e utilizará a tecnologia 100% proprietária da AmFi.

O fundo tem foco em securitizadoras e fintechs. A AmFi fará a gestão usando a tecnologia blockchain, o que garantirá maior transparência e eficiência.

Para compor o fundo, a Catálise comprará de 10 a 20 operações originadas na plataforma AmFi, conhecidas como Pools. Esses pools são debêntures tokenizadas, com lastro integral em duplicatas performadas, já realizadas e pagas. 

As operações, que variam entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões, são realizadas com originadores da plataforma AmFi, que, juntos, movimentaram R$ 12 bilhões em antecipações de recebíveis nos últimos 12 meses. Para investidores do FIDC, o prazo do fundo será de 48 meses, com remuneração-alvo de CDI + 5% ao ano. O pagamento de principal e juros ocorrerá em 12 parcelas, após carência de 36 meses.

A AmFi vem liderando o avanço dos ativos digitais no mercado brasileiro e foi a primeira fintech do país a obter autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para oferta pública de ativos tokenizados. Desde então, superou R$750 milhões em ativos tokenizados e deve ultrapassar R$ 1,5 bilhão ainda no primeiro semestre de 2025. “Toda a operação do FIDC Catálise é gerenciada pela Plataforma AmFi, combinando uma tecnologia única para controle e oferta de operações de crédito com a experiência da Catálise na estruturação e gestão de fundos”, afirma Paulo David, cofundador e CEO da AmFi.

Segurança

A digitalização dos serviços financeiros no mercado B2B está acelerando, impulsionada pela busca por transparência, segurança e eficiência. “O mercado de recebíveis deve atingir R$ 1 trilhão nos próximos dois anos, partindo dos atuais R$ 570 bilhões e crescendo a uma taxa de 40% ao ano”, projeta David.

Marcelo Aoki, sócio da Catálise, destaca que esse é o primeiro fundo tokenizado da gestora usando a tecnologia da AmFi. “Dos mais de R$ 9 bilhões sob nossa gestão, este fundo se diferencia pela tecnologia envolvida. A blockchain melhora significativamente a gestão de risco, tornando tudo mais transparente, seguro, auditável e eficiente”, diz. Para Aoki, a plataforma AmFi muda a lógica do mercado tradicional. “A capacidade de registrar os recebíveis com segurança e gerenciar movimentações com eficiência impressiona. O fato de todas as transações serem rastreáveis traz um nível inédito de confiabilidade para esse tipo de operação.”

Para empresas que buscam acessar capital por meio do fundo, o FIDC oferece uma alternativa mais eficiente, reduzindo os custos de captação em até 40%, além de proporcionar mais agilidade e segurança. O modelo foi estruturado para ser escalável e acessível, permitindo que securitizadoras, factorings, gestores de recebíveis e fintechs consigam chegar ao mercado de capitais sem enfrentar a burocracia tradicional. Com operações variando entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões, a iniciativa amplia o acesso para originadores que antes não tinham essa possibilidade, fortalecendo o setor e impulsionando novos negócios.

Regulamentação e conformidade

No FIDC estruturado pela Catálise, que opera com mais de R$ 9 bi sob gestão, cada originador passa por uma análise rigorosa e, caso aprovado, precisa aportar pelo menos 20% de capital subordinado, além de seguir as melhores práticas do mercado, como compromisso de recompra em caso de fraude ou falhas de formalização. “Utilizamos o que há de mais avançado em securitização, aliado à blockchain, inteligência artificial e machine learning. Nossa meta é sermos referência na gestão de ativos digitais e a principal ponte entre os melhores originadores de recebíveis e o mercado de capitais”, afirma Aoki.

A emissão do fundo será feita por uma securitizadora da AmFi, garantindo total conformidade com a regulamentação vigente. Todo o processo foi desenvolvido em parceria com o escritório Pinheiro Neto Advogados.