A Argentina deve novamente atrair milhares de turistas brasileiros nas férias de julho. Mas, neste ano, há uma mudança importante
Desde 14 de maio, o governo argentino tornou obrigatório o seguro viagem com para a entrada de estrangeiros no país, tanto por via aérea quanto terrestre.
Segundo André Costa, CEO da Touareg Seguros, a medida visa garantir que o turista tenha respaldo financeiro em caso de acidentes, emergências médicas ou internações durante a estadia. “Além de ser uma exigência oficial, o seguro evita que o viajante arque com custos elevados caso precise de atendimento. Em muitos casos, um simples atendimento hospitalar pode custar valores bem acima da franquia mínima estipulada”, explica.
A cobertura mínima recomendada é de US$ 30 mil em despesas médicas e hospitalares. A apólice deve incluir, além das despesas médicas, repatriação sanitária e funerária, suporte odontológico emergencial, assistência jurídica e cobertura para extravio de bagagem ou cancelamento de viagem. Segundo Costa, ainda que o governo não tenha publicado um detalhamento específico de cada item, as seguradoras já estão formatando os produtos de acordo com a prática internacional, semelhante ao que já é exigido na Europa pelo Tratado de Schengen.
Além do seguro, o executivo recomenda atenção à documentação — brasileiros podem ingressar apenas com o RG em bom estado, emitido há menos de dez anos — e aos comprovantes de hospedagem e passagem de volta, que podem ser solicitados na imigração. Também alerta para o inverno rigoroso em regiões como Bariloche e Mendoza, o que exige preparação adequada e, em alguns casos, contratação de coberturas adicionais para atividades como esqui e snowboard.
Para Costa, a principal orientação é que o seguro não seja visto apenas como uma formalidade. “Mais do que atender uma regra, trata-se de um item essencial de proteção. Ter suporte médico adequado durante uma viagem internacional pode ser determinante diante de um imprevisto, principalmente em viagens com crianças ou idosos. Contratar com antecedência e contar com o suporte de uma corretora especializada faz toda a diferença”, finaliza.
Obrigatoriedade
- Desde 14 de maio de 2025, o governo argentino exige seguro viagem ou de saúde para entrada de turistas estrangeiros.
- A regra vale tanto para viagens aéreas quanto terrestres.
Coberturas obrigatórias e recomendadas
- Despesas médicas e hospitalares (mínimo de US$ 30 mil).
- Repatriação sanitária e funerária.
- Emergência odontológica.
- Assistência jurídica durante a viagem.
- Cobertura para extravio de bagagem e cancelamento de viagem.
- Cobertura para Covid-19: fortemente recomendada para incluir despesas médicas e eventuais custos com quarentena.
- Atendimento e suporte 24h em português ou espanhol.
Dicas práticas para o viajante
- Documentação: RG em bom estado (emitido há menos de 10 anos) ou passaporte válido.
- Imigração: comprovantes de hospedagem e de passagem de retorno podem ser solicitados.
- Inverno: destinos como Bariloche, Ushuaia e Mendoza exigem atenção ao frio intenso; quem praticar esqui ou snowboard deve contratar cobertura adicional específica.
- Câmbio: utilizar sempre canais oficiais, evitando o dólar paralelo.
Atenção aos seguros de cartão de crédito
- Nem sempre o seguro viagem dos cartões oferece cobertura suficiente.
- É fundamental verificar se o limite mínimo) e as demais coberturas exigidas estão incluídas.
- Muitos seguros de cartão não oferecem atendimento no idioma do viajante ou possuem restrições de cobertura.