Segundo IBGE, até 2070 quatro em cada dez brasileiros terão mais de 60 anos, enquanto reajustes dos planos de saúde já ultrapassam 25% ao ano
A conta da longevidade está chegando e para muitos brasileiros está vindo em forma de boleto de plano de saúde. No último ano, planos individuais chegaram a subir mais de 25%, segundo a ANS. Para os planos coletivos por adesão, que representam mais da metade dos contratos ativos no país, os aumentos superaram 30% em muitos casos. Esses números ganham ainda mais relevância diante da curva demográfica brasileira: segundo o IBGE, a expectativa é que, até 2070, cerca de 40% da população tenha mais de 60 anos. Ou seja, viver mais está deixando de ser exceção, mas o custo para isso já virou um desafio concreto.
É nesse cenário, com planos de saúde cada vez mais caros e limitados, que o seguro de vida começa a entrar no radar como alternativa estratégica de proteção financeira para situações inesperadas. Ao contrário da ideia tradicional de que seguro só serve em caso de falecimento, as coberturas em vida permitem indenizações em casos como diagnóstico de doenças graves, invalidez e internações, aliviando o orçamento quando ele mais precisa de fôlego.
Segundo Rafael Cló, CEO da Azos Seguros, insurtech focada em soluções para o seguro de vida, esses produtos não substituem o plano, mas funcionam como uma importante rede de apoio complementar, especialmente em momentos de maior vulnerabilidade.
“Estamos vendo um movimento claro de amadurecimento do consumidor em relação à proteção financeira. O aumento nos custos com saúde, principalmente entre a população mais velha, tem feito muita gente buscar alternativas para não depender exclusivamente de um plano de saúde. Coberturas em vida, como invalidez e doenças graves, já representam 53% da nossa base. Além disso, 92,5% dos nossos sinistros pagos hoje já são referentes a coberturas em vida, o que mostra que o seguro está sendo usado na prática e fazendo a diferença”, comenta.
Além de oferecer uma rede de proteção, o seguro também pode ser uma peça importante na educação financeira de longo prazo, ao incentivar a disciplina no planejamento e permitir que recursos estejam disponíveis para emergências de saúde sem depender exclusivamente de planos caros ou da rede pública.
“Muitas vezes, um seguro, com valor acessível por mês, cobre tratamentos ou despesas que poderiam comprometer uma reserva de emergência inteira. Não se trata de substituir o plano de saúde, mas de somar alternativas. Quanto mais ferramentas tivermos para lidar com a longevidade, melhor”, complementa Rafael.
O tema ganha urgência ao analisarmos também o número de diagnósticos de doenças graves cada vez mais comuns abaixo dos 50 anos. Para se ter uma ideia, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças cardiovasculares, câncer e AVC estão entre as principais causas de morte prematura no mundo.
“Repensar o modelo tradicional de proteção se tornou necessidade. Soluções como o seguro de vida com cobertura em vida oferecem suporte real em momentos críticos, garantindo que o cuidado com a saúde não venha acompanhado de um colapso financeiro”, conclui Rafael Cló, CEO da Azos Seguros.