A receita global da Mapfre durante os nove primeiros meses deste ano totalizou 20,9 bilhões de euros, incremento de 1,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido foi de 572 milhões de euros, um decréscimo de 3,8% em relação ao mesmo período em 2015. O volume de prêmios emitidos, por sua vez, alcançou 17,1 bilhões de euros (decréscimo de 1,3% em relação ao ano anterior). É importante destacar que, em quase todos os países onde a Mapfre atua, foi registrado crescimento em moeda local.
O Índice Combinado (principal indicador do setor de seguros), melhorou 1,5 ponto percentual em relação aos nove primeiros meses de 2015, atingindo 97,2%.
Os ativos totais do Grupo em setembro são de 68,6 milhões de euros, com crescimento de 8% desde o encerramento do exercício de 2015. O Patrimônio Líquido avançou 6,8% e fechou setembro com 9,2 milhões de euros. Os recursos sob gestão cresceram a uma taxa de 5% nos primeiros nove meses do ano, e totalizaram 38,7 milhões de euros, impulsionados pela aquisição da carteira de Vida do Bankinter, em Portugal, e pela evolução positiva dos volumes de Fundos de Investimentos distribuídos a terceiros.
No Brasil
O resultado antes de impostos de todas as atividades no Brasil somou R$ 2,3 bilhões ou 600 milhões de euros (-7,6% em euros e + 1,5% em moeda local). Estes resultados são importantes e demonstram a capacidade da companhia em manter a rentabilidade, mesmo em um cenário econômico adverso localmente.
O volume de negócios na Regional Brasil alcançou R$ 12,9 bilhões, decréscimo de 1,6% em relação ao mesmo período de 2015. Em euros, as receitas totais somaram 3,3 bilhões, decréscimo de 10,4%. A depreciação do real em relação ao euro, observada na comparação com o mesmo período do ano anterior, e a menor atividade de vendas de seguros vinculados a empréstimos concedidos pelo canal bancário (vida) afetaram o crescimento da companhia no país. No entanto, é importante considerar as condições do mercado local, em que alguns negócios seguem com importante avanço. É o caso do seguro Agrícola, que cresceu 15%, e da área de Riscos Industriais, que registrou evolução de 4% em relação ao ano anterior.
Segundo Wilson Toneto, CEO da MAPFRE no Brasil, “todo o mercado sentiu os impactos da retração da economia, principalmente nos produtos para pessoas físicas e relacionados a concessão de crédito”. O executivo sinaliza que os consumidores buscam produtos mais simples e com preços mais ajustados aos orçamentos familiares e ao cenário de incertezas atuais. “Por outro lado, as grandes e médias empresas, de forma geral e prudencial, mantiveram suas proteções patrimoniais, buscando seguradoras com excelência no atendimento e serviço, preços competitivos e com capacidades de resseguro adequadas. O setor agrícola, assim como no contexto macroeconômico, mais uma vez demonstrou sua competência e produtividade, aproveitando a antecipação de crédito disponibilizada no primeiro semestre”, afirma o CEO.
Quanto aos resultados gerais, Toneto comenta que “os grandes vilões deste ano foram os segmentos de Automóveis e de Transportes Nacionais, que registraram elevações importantes na frequência de roubo, principalmente na região Sudeste do País. Não fosse o aumento da sinistralidade no segmento de autos, que representa quase um terço do nosso negócio no Brasil, e do roubo de cargas, teríamos um crescimento ainda mais expressivo em nosso resultado. Estamos convencidos que todas as medidas adotadas devem surtir efeitos nos próximos meses e nos colocar em posição privilegiada para aproveitar a gradual retomada econômica que projetamos para os próximos anos”, conclui o executivo.