Evento contou com a participação de executivos que atuam no segmento para compartilhar quais os mudanças trazidas pela pandemia
Nesta quinta-feira, 4 de junho, a LM Frotas promoveu um painel sobre o impacto da crise do covid-19 no transporte. O evento contou com a participação de Adriano Silva, Diretor Comercial Fácil Assist, Antônio Priore, Superintendente Comercial Alelo Brasil e Fábio Acorci – Diretor Comercial Ituran, com mediação de Lúcio Júnior – Gerente Comercial LM Frotas.
A pandemia do novo coronavírus impactou toda a sociedade, tanto nas rotinas quanto na vida financeira. Lúcio Junior cita que a LM Frotas tem sentido o impacto na reposição de peças. “Algumas fábricas no Brasil e no mundo foram paralisadas e, começou a faltar peças no mercado, principalmente, nas regiões mais afastadas”, explica.
Outro ponto destacado por Júnior foi o fechamento dos fornecedores e o aumento do custo de peças. “Alguns fornecedores tinham dificuldades em honrar com seus compromissos financeiros”, diz o Gerente. Ele ainda diz que a LM adotou medidas diferentes para cada região do país. “As características de São Paulo não eram as mesmas do sul e nem da região nordeste”, relata.
A LM Frotas manteve um estoque de peças, principalmente, nas regiões mais afastadas. “Acompanhamos o passo a passo, desde o primeiro atendimento até a entrega do veículo ao cliente. Controlando para não ter nenhuma paralisação nesse meio termo e, se houver, a gente ter um plano de ação para poder suprir”, diz Júnior.
O Diretor Comercial Ituran, Fábio Acorci, diz que a empresa investe muito em tecnologia para poder suprir futuras necessidades, uma delas é a telemetria. “A telemetria é uma solução composta de software e hardware, ou seja, nós temos dois componentes, entregar o serviço para o cliente, quando a gente fala de equipamento, e obviamente os prestadores de serviço”.
O executivo relata que os equipamentos são comercializados em dólar e produzidos na China, o que tem trazido grandes desafios. “O dólar subiu muito nos últimos tempos e a gente viveu aqui uma dicotomia, aonde existe uma pressão por redução de custo e ao mesmo tempo você tem um aumento de custo por causa da desvalorização cambial”, explica o Diretor Comercial da Ituran.
Para Adriano Silva, Diretor Comercial Fácil Assist, o grande desafio foi realocar a equipe no home office. “Temos mais de mil colaboradores. E o maior desafio foi alocar essas pessoas com o ‘avião’ andando. Foi um trabalho de 20 dias, 24 horas para colocar todo mundo em casa”, relata.
Outro impacto sentido pela Fácil Assist, foi o fechamento das oficinas. “Tínhamos que guardar o carro na base do prestador ou alugar um estacionamento e deixar os carros lá esperando a abertura das oficinas”, conta Silva. O monitoramento das regiões também foi uma das tarefas adotadas pela Fácil. “São 80 mil atendimentos no brasil. Então, ficamos monitorando as informações regionais para ver qual o plano de ação a ser feito”, diz.
O Superintendente Comercial Alelo Brasil, Antônio Priore, conta que o impacto da crise foi no envio de mercadorias, com aumento de fluxo nos portos, causando prejuízos não só na chegada dos produtos, mas no repasse final. “Ocorreu uma retração no comércio e, para complicar muitos países estão com fronteiras fechadas, comprometendo negociações econômicas e a logística de abastecimento dessas cadeias de suprimentos”, explica Priore.
Ele ainda relata que as medidas de higiene se intensificaram para proteger a saúde dos colaboradores. “Temos olhado com muita atenção para o trabalho do setor de transporte de cargas. É primordial que esses motoristas tenham essa estrutura para poder fazer o seu trabalho na totalidade, onde a empresa dê apoio preventivo e, obviamente, não adianta só olhar os colaboradores, os estabelecimentos também precisam estar preparados para receber”, diz o Superintendente.