Confira o artigo escrito por Georgia Roncon, Co- Founder do ECQ Lifelong Learning
Uma revolução não acontece sem tecnologias exponenciais, princípios fortes e a adesão total da sociedade. A competitividade e a própria sobrevivência no mercado dependem dos elementos da transformação digital, com novas formas de interação entre processos, pessoas, informações e tecnologia.
Isso porque as pessoas — clientes e colaboradores, por exemplo — são agentes da transformação nas empresas. São suas experiências e anseios que aceleram a repaginação dos modelos de negócio o os tornam aptos a prosperar na era digital.
Mas nenhuma mudança significativa acontece sem a incorporação de tecnologias exponenciais e soluções inovadoras, capazes de lidar com os desafios desse contexto. Por isso, destacaremos neste artigo alguns elementos da transformação digital. Confira!
Cloud computing
Ferramentas em nuvem permitem ao usuário acessar informações de qualquer lugar e a qualquer momento. Essa alta disponibilidade é essencial para manter a integração de todas as ferramentas e soluções utilizadas, permitir a colaboração simultânea em plataformas, softwares e sistemas operacionais, além de ser o ambiente mais eficiente para o armazenamento de dados.
Big Data
Big Data é o conceito que abrange, entre outras funções, o uso efetivo de informações mais precisas para tomar decisões, prever demandas, analisar a concorrência, desenvolver produtos mais adequados para os anseios de consumo dos clientes e estabelecer estratégias mais adequadas para manter a competitividade do negócio.
Em pequenos negócios essas informações são obtidas a partir do próprio software de gestão usado pela empresa — ERPs (Enterprise Resource Planning), CRMs (Customer Relationship Management) ou TMSs (Transportation Management System), por exemplo. Além disso, é interessante analisar dados de redes sociais e sites corporativos, a partir de ferramentas como o Google Analytics.
Internet das Coisas (IoT)
Internet das Coisas é a integração total em uma infraestrutura. Por meio do modelo de trabalho M2M (máquina a máquina) as operações são mais eficientes, porque não permitem a ocorrência de gaps que limitam os processos e possibilitam atrasos.
Uma prateleira com sensores, por exemplo, que emitiria alertas para o sistema de gestão da empresa informando a falta de algum item. O ERP, por sua vez, emitiria automaticamente o relatório de demandas por fornecedor, emitiria requisições de compra pela Internet o pedido seria entregue ao destinatário sem nenhuma interferência humana.
Machine learning e Inteligência Artificial (IA)
O aprendizado de máquina permite que algumas inovações melhorem seus processos com a prática e o tempo. Por isso sua eficiência é ainda mais evidente em conjunto com a Inteligência Artificial, uma vez que a tecnologia autônoma pode aprender sem o auxílio de humanos e ser mais eficiente conforme é utilizada.
Um antivírus ou firewall, por exemplo, por meio dessa tecnologia consegue identificar padrões e modelos de ameaças, para inibir próximas tentativas de ataques e garantir a segurança de todo o sistema operacional.
Blockchain
O Blockchain — emaranhado de informações disponibilizadas em blocos cujo elo é inquebrável e sem demanda de monitoramento — autentica processos que demandam mais transparência e confiabilidade. Essa tecnologia possibilitou o surgimento de moedas virtuais, como o Bitcoin, e devido à aplicabilidade em todas as áreas terá grande relevância para a redução de custos de infraestruturas de TI.
Por meio do Blockchain as informações financeiras ficam mais seguras e fintechs podem atuar com mais confiabilidade no mercado. Ao solicitar um empréstimo em uma plataforma de investidores-anjo, por exemplo, a transação baseada em blockchain pode manter os dados de todos os participantes em mais alto sigilo e inibir qualquer tipo de fraude.
Realidade Virtual (VR)
A VR possibilita uma experiência de imersão total em ambientes artificiais por meio de gráficos, sensações auditivas e olfativas. As empresas, principalmente em e-commerces, podem explorá-la como estratégia de visibilidade de produtos e serviços, para oferecer a possibilidade dos clientes “experimentarem” os itens, por exemplo.
A aplicação da transformação digital nos negócios depende da estratégia da própria empresa, pois essa mudança é construída a partir da percepção de diversos fatores, como disponibilidade de investir em tecnologia e adaptação da cultura organizacional.
Também é preciso alterar a essência do negócio a partir da crença na disrupção da mudança. Nesse contexto, a inovação deve ser a base para o redesenho dos processos, adaptação e ganho de eficiência operacional. Outros elementos da transformação digital serão, então, consequência dos resultados alcançados.