CNseg analisou os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, do IBGE
A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) fez uma análise sobre os dados da PMS, a Pesquisa Mensal de Serviços, do IBGE. E constatou que o grupo “serviços prestados às famílias” sofreu mais intensamente os efeitos da pandemia que os demais ofertados a empresas ou a outras atividades econômicas. Confira a imagem:
A receita total dos serviços apresentou queda de 15,9% no 2º trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto isso, os serviços prestados às famílias registraram queda de 57,9% pela mesma métrica.
Quando a arrecadação de seguros (Susep, excluindo DPVAT) voltados à Pessoa Física (portanto mais próximo do conceito de família, usado na PMS do IBGE) e Pessoa Jurídica é desagregada, a CNseg observou um comportamento totalmente condizente com essa realidade. A arrecadação de seguros PF caiu abruptamente como consequência da pandemia enquanto os seguros voltados à PJ não chegaram sequer a sofrer retração no período. A arrecadação dos seguros PF apresentou queda de 17,5% no 2º trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Já os seguros PJ registraram crescimento de 25,3% pela mesma métrica.
É importante ressaltar que a ideia de usar a PMS nessa análise é mostrar como a demanda das famílias, isto é, das pessoas físicas, foi mais afetada que a demanda de outros agentes na economia e que isso também pode ser observado nos dados do setor segurador. Essa análise independe do conceito que se faz do seguro como sendo ou não um serviço.
Ainda assim, é interessante notar que a receita dos seguros voltados às pessoas físicas caiu muito menos intensamente que os serviços voltados às famílias na PMS e que os seguros voltados às empresas apresentaram crescimento no período enquanto os serviços que geralmente são consumidos por empresas apresentaram queda. Tratam-se de mais indicações da resiliência do seguro e de um aumento da procura por proteção por parte da sociedade e das empresas.